sábado, 11 de setembro de 2010

As “faces” do Poder...

Dr. Allan Marcio


                               Por que a humanidade é obcecada pelo “Poder”?
Afinal, o poder é um meio, um fim ou uma doença sociopatológica crônica acometidas aos egos falidos dos navegantes nesta nau desgovernada chamada humanidade política?

Rousseau nos emblemava, em plena revolução do iluminismo na França, de ser o “poder” algo muito perigoso nas mãos de quem não sabe usá-lo.
Indo mais fundo, comprova-se numa sutil analise da história humana haver uma completa falta de “administrabilidade” da essência deste “poder”, ou seja, um verdadeiro engodo quanto à finalidade do seu uso.
Lá em Ato dos Apóstolos 18; 28 nos ensinam “... e tendo ele chegado, auxiliou muito aos que pela graça haviam crido. Pois com grande poder refutava publicamente os judeus, demonstrando pelas escrituras que Jesus era o Cristo”.
Este “poder” tem sido o grande “ideal” perseguido pelos homens numa alusão frustrada e simplista da criatura tentando superar o Criador.
Entretanto, esta milenar obsessão serve apenas para colocar lenha para esquentar as desavenças e desatinos do homem diante de sua caminhada na terra.
Deus nos dá inúmeras “pistas” de lidar com o “poder”, veja em Ge. 17:1-2 “... Quando Abrão tinha noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença, e sê perfeito; e firmarei o meu pacto contigo, e sobremaneira te multiplicarei...”.
Infelizmente este “Poder Ágape” divino da doação, da partilha ou solidário apenas serve de fundo ideológico aos retóricos oportunistas de plantão no sentido de manipulá-lo em causa própria, porém sem nunca conquistá-lo.
Até quando o homem irá apenas ver “poder material”, ou melhor, poder pelo poder e relegar sua vertente “espiritual” ao lado ideológico sem preocupar em executá-lo, mas apenas manipulá-lo?
Quando iremos ser aquele “homem” a imagem e semelhança de Deus? (Tg 3:9).
Assim, o “poder” social ou estatal é apenas um dos expoentes de reorganização e normatividade necessária para permanência dos grupos sociais em sociedade em condições de coexistência dinâmica equilibrada sustentado pela força/medo.
Entretanto, as leis foram feitas para serem descumpridas, pois caso fossem ao contrário, haveria uma probabilidade ampliada de harmonização terráquea e o poder não deteria de tanta expressividade como testemunhada pela história.
Como nos relatava Carl Gustav Jung “... Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro...”.
Portanto, por que assistimos atônitos a tanto “querer o poder”, estar em evidência, ser prestigiado, candidaturas inúmeras, ser aclamado ou outros afins da vaidade humana, se o verdadeiro poder das coisas está exatamente contido naqueles premissas básicas cristãs: Amar a Deus sobre qualquer coisa e ao próximo como a ti mesmo?
Por
Dr. Allan Marcio
Blog Portal do Controle Social

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