segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Tráfico de drogas já rendeu quase 500 prisões em Maringá neste ano

Também se verificou aumento nas apreensões de maconha e crack, mas números talvez não sejam positivos como parecem, aponta especialista
Dados cruzados das Polícias Civil, Militar e Federal revelam aumento no número de prisões relacionadas ao tráfico de drogas. Já foram 464 apenas neste ano. No mesmo período de 2009 foram detidas 305 pessoas, e em todo o ano passado foram 554, número que deve ser superado nos próximos dois meses. As informações fazem parte do Relatório de Prevenção ao Uso de Drogas, divulgado nesta sexta-feira (10) pela Secretaria de Assistência Social (Sasc). O balanço também mostra crescimento surpreendente nas apreensões de crack.

Para se ter uma ideia, apenas no mês de maio de 2010, as apreensões da droga foram quase o dobro das registradas em todo o ano passado: 103 quilos e 55 quilos, respectivamente. Para Everaldo Belo Moreno, ex-presidente do Conselho de Segurança (Conseg) de Maringá, os números talvez não sejam tão positivos como parecem. “Claro que aumentou a repressão, mas ela cresce junto com a criminalidade. Os números refletem verdadeiramente o aumento da presença da droga em todas as esferas. Isso acontece no país inteiro e em Maringá não é diferente”, disse.
As polícias também apreenderam mais maconha nos oito primeiros meses de 2010, no comparativo com 2009, passando de 114 quilos para 368 quilos, em Maringá. Apenas a cocaína apresentou retração, já que em 2009 foram mais de 40 quilos e neste ano foram menos de 3 quilos.

A saída por Moreno está na educação. “O caminho mais eficaz para que possamos impedir o avanço das drogas é a escola de período integral para que as crianças e jovens não fiquem a mais à disposição do tráfico”, ressaltou.
Mesma opinião tem o soldado Paulo Sérgio da Silva, coordenador do o Programa de Resistência a Drogas e Violência (Proerd), da Polícia Militar nas escolas municipais. Os policiais ministram curso de 10 lições aos alunos. "Não é um trabalho com resultado imediato, mas de longo prazo. Na formatura eles (alunos) fazem um juramento onde se comprometem a ficar longe das drogas", disse o soldado. "O custo por aluno é de cerca de R$12, bem mais barato que os prejuízos com tratamentos", lembrou.
Gazeta do Povo



 

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