terça-feira, 19 de outubro de 2010

Profissionais de saúde ignoram lei que proíbe uso de jaleco fora do local de trabalho

Quatro meses depois de sancionada, ninguém foi multado em Maringá por desrespeitar a lei que proíbe os profissionais da saúde de usar jalecos e aventais fora do ambiente do trabalho. A lei prevê multa de R$ 193,72 para quem descumprir as exigências.

A lei estadual reforça uma norma do Ministério do Trabalho, que proíbe o uso de jalecos e aventais fora do ambiente de trabalho desde 2005. A Organização Mundial de Saúde classifica o jaleco como Equipamento de Proteção Individual (IPI) e recomenda o seu uso para proteger o profissional contra incidentes e reduzir a chance de transmissão de bactérias.


Ontem, no horário de almoço, a reportagem flagrou dezenas de profissionais transitando de jaleco nas ruas. Os flagrantes foram feitos nas avenidas Curitiba e Independência, região próxima a hospital e clínicas. Em um dos flagrantes, um homem de jaleco, que se identificou como médico, caminhava pela calçada na Avenida Curitiba. 
"Estou indo embora e só vou até o carro", justificou. "Ah é, e eu vou guardá-lo onde? Não tem cabimento o que você está falando", disse, ao ser questionado se sabia que é proibido usá-lo fora do ambiente de trabalho. Saiu apressado, sem dar o nome.
Também de jaleco, a física Jéssica Barbosa descia as escadas de uma clínica, na Avenida Curitiba, depois de atender um paciente e usou o trajeto curto para justificar o uso do casaco em via pública.

"São 100 metros até entrar no carro", disse. Próximo a um hospital, a estagiária de enfermagem Fernanda Santos percebeu que estava sendo fotografada usando o jaleco e tratou logo de tirá-lo e guardá-lo na bolsa. 
"Eu sei que não é certo usá-lo na rua, mas eu acabei de sair do trabalho". Do outro lado da rua, um homem com o jaleco embrulhado na mão entrou no restaurante, comprou um refrigerante e deixou o local.
ODIÁRIO

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