segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Audiência Pública debate transporte coletivo na cidade


Pesquisa com 15 mil usuários constatou que o tempo de espera
por ônibus está acima do registrado em municípios do mesmo
porte de Maringá
Foto: Rafael Silva
Nesta segunda-feira, a Prefeitura de Maringá vai realizar uma audiência pública para discutir a nova licitação do transporte coletivo da cidade. Conduzido por Antônio Carlos Marchezetti, diretor de operações da empresa de consultoria Logitrans, contratada para definir os moldes do transporte público na cidade, o encontro terá início às 14h30, no Auditório Hélio Moreira. A reunião é a oportunidade que a comunidade tem para debater a proposta do município e sugerir mudanças.

O gerente de Transporte Coletivo da Setran, Mauro Menegazzo, esclarece que a audiência não decide nada, apenas capta informações. "Nós vamos analisar as opiniões dos moradores. Sendo tecnicamente viáveis, nós as acolheremos. É preciso que a população maringaense vá com o interesse de contribuir", completa.
Para o prefeito Silvio Barros, a audiência vai trazer conteúdo para uma nova modelagem de transporte coletivo que atenda de fato as necessidades da população. "Nós não estamos licitando uma nova empresa ou colocando uma concorrência para uma nova empresa operar o sistema de trânsito. Estamos licitando um novo sistema de transporte coletivo", destaca.
Menegazzo conta que após essa etapa, a equipe terá, no mínimo, 15 dias úteis para a publicação do edital. "Nós temos cerca de vinte dias para concluir o projeto básico que vai orientar o edital. Esse edital vai ser publicado e as empresas terão noventa dias úteis, no mínimo, para a abertura de propostas. É algo para março, começo de abril", prevê.

Demora
O tempo de espera é a principal reclamação dos passageiros. Durante três semanas, a Logistrans entrevistou 15 mil usuários e constatou que o tempo de espera por um ônibus está acima de outras cidades de porte semelhante. A dona de casa Maria Adriana dos Santos mora no Jardim São Clemente diz que é muito cansativo. "Ttoda vez que preciso é uma hora de espera, não tem condições."
O auxiliar administrativo, Arialdo Fernandes Cardoso, que mora em Sarandi, conta que está difícil de se acostumar com a superlotação e a demora. "São de vinte a trinta minutos de espera para a chegada do ônibus, mais quarenta minutos para se deslocar até o trabalho", lamenta.

TCCC
O diretor da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC), a única que presta o serviço de transporte coletivo na cidade, Roberto Jacomelli declarou que só vai se manifestar na sobre a decisão da prefeitura na próxima semana. "Vou aguardar o resultado da audiência pública para falar", disse. No início do mês, a O Diário, ele disse que não abriria mão da concessão até 2014.
Carol Souza

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