sábado, 8 de janeiro de 2011

Beto sobre corrupção: é preciso “perdoar o pecador, não o pecado”

Da Gazeta do Povo

Paranaguá e Curitiba – O governador Beto Richa (PSDB) defendeu ontem publicamente duas escolhas polêmicas para compor o governo estadual: a de Ezequias Moreira Rodrigues (novo diretor de Relações com Investi­­­­dores da Sanepar) e do advogado Nelson Cordeiro Justus (novo diretor de Relações Institucionais e Comunitárias da Companhia de Habitação do Paraná, Cohapar). Richa disse que ambos têm competência para atuar nas funções. E, ao defender a nomeação de Ezequias, fez uma referência bíblica dizendo que perdoa o pecador, mas não o pecado – numa declaração de que será intransigente com a corrupção, mas que está disposto a aceitar pessoas envolvidas em escândalos que tenham pagado pelos “erros”.
Ezequais responde a dois processos movidos pelo Ministério Público Estadual (MP): um por peculato (desvio de recursos públicos) e outro por improbidade administrativa. Ambos se referem à época em que ele era chefe de gabinete de Richa na prefeitura de Curitiba. Segundo o MP, ele usou a sogra, Verônica Durau, funcionária da Assembleia que admitiu nunca ter trabalhado na Casa, para se apropriar de R$ 539,4 mil de recursos públicos, por meio do desvio dos salários dela ao longo de 11 anos. O caso, que estourou em 2007, ficou conhecido como o escândalo da sogra fantasma. Ezequias devolveu o dinheiro para os cofres públicos. Ainda assim, os processos continuam correndo.

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