sábado, 8 de janeiro de 2011

Presos celebram Natal durante três dias com muita cerveja e cocaína


Os detentos da cadeia de Campo Mourão, na região Centro-Oeste do estado, comemoraram o Natal realizando festas regadas a bebidas alcoólicas e drogas supostamente fornecidas por agentes carcerários. Em reportagem exibida nesta sexta-feira (7) na RPC TV Maringá, os presos aparecem em vídeos e fotos se divertindo dentro das celas.
As imagens feitas através de um telefone celular mostram um carcereiro arrecadando dinheiro dos presos para comprar mais de mil latas de cerveja. Em entrevista à RPC TV, um dos presos disse que foram gastos cerca de R$ 3 mil para a festa, sendo que R$ 1,6 mil foram utilizados como taxa para a entrada das bebidas nas celas. Além disso, foram pagos R$ 20 por caixa de cerveja.A confraternização reuniu cerca de cem detentos e teria durado três dias. Fotos feitas pelos presos também mostram os entorpecentes consumidos no local, como cocaína e maconha. “As drogas foi pagado mais de R$ 400 por pote”(sic), disse o detento.
Questionado sobre a utilização do celular dentro da cadeia, o detento revelou que a presença destes aparelhos é muito comum. “Isso aqui é normal, você pagando aí para a carceragem não tem problema.”
Presos receberam ameaças
A denúncia foi feita pela mulher de um detento. Segundo ela, a decisão foi tomada após a divulgação das fotos da festa em um site de relacionamentos, quando ps presos passaram a receber ameaças do chefe da carceragem.
O delegado chefe da delegacia de Campo Mourão, José Aparecido Jacovós, disse que, assim que teve conhecimento da festa e viu as fotos , afastou os dois auxiliares de carceragem que aparecem nas imagens , que também foram indiciados por corrupção. “Assim que chegou ao nosso conhecimento, eu determinei ao delegado adjunto que instaurasse inquérito policial, afastasse os funcionários e os convocasse imediatamente para interrogatório pelos crimes de corrupção e prevaricação”.
Ainda de acordo com Jacovós, a denúncia de tortura feita pelos presos contra o chefe de carceragem será investigada. Gazeta do Povo

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