sábado, 19 de março de 2011

Mulher morre à espera de leito em frente ao HU

No dia em que completou 60 anos, a dona de casa Margarida Serafina de Freitas, morreu a espera de vaga, em frente ao Pronto Atendimento do Hospital Universitário (HU) de Maringá, dentro de uma ambulância que a trouxe de Ângulo. Por meia hora, a filha dela, Sirlene Cristiane Domingos, 26, do lar, implorou uma vaga no hospital, mas tudo em vão.Dona Margarida era diabética e, há tempos, tinha perdido as duas pernas por conta de uma trombose. Na manhã de ontem, conta a filha dela, ela começou a se sentir mal e foi ao Pronto Socorro de Ângulo, onde residia. O médico diagnosticou pressão baixa. "Ela não tinha dormido à noite e estava com muito sono. Depois achei que ela estava dormindo demais, muito pálida e fria. Foi quando o médico decidiu trazê-la para o HU". A ambulância chegou ao hospital por volta de 16 horas, mas Margarida nem chegou a ser retirada do veículo.
"Os atendentes disseram que ela não estava cadastrada na Central de Vagas e que não havia vagas", diz Sirlene aos prantos, logo após a morte da mãe. Ela conta que nenhum médico ou enfermeiro prestou atendimento. "Eles não vieram sequer até a ambulância para vê-la enquanto era possível ainda fazer alguma coisa". O médico do Pronto Socorro Municipal de Ângulo, Tiago Suzuki, acompanhou a paciente e também tentou conseguir uma vaga, mas sem sucesso decidiram levá-la para o Hospital Metropolitano de Sarandi e foi nesse momento que dona Margarida morreu.
A reportagem não encontrou o superintendente do HU, José Carlos Amador, para comentar o caso. A Assessoria de Imprensa do HU disse que o próprio hospital procurou vaga e encontrou no Metropolitano de Sarandi, para onde seria encaminhada dona Margarida. O hospital vai apurar o que aconteceu e afirma que dona Margarida morreu de choque séptico.O Diario

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