quarta-feira, 13 de abril de 2011

Semáforos vão ganhar módulos de LED

Um convênio estabelecido entre a Companhia Paranaense de Energia (Copel) e a Prefeitura de Maringá vai promover a troca de lâmpadas incandescentes por módulos de Diodo Emissor de Luz (LED na sigla inglesa) em 274 semáforos da cidade. O pregão presencial para aquisição do equipamento e da mão de obra será aberto em 27 de abril. O valor do edital é de R$ 310 mil.
O diretor de Engenharia de Tráfego da Secretaria dos Transportes (Setran), Gilberto Purpur, afirma que os 274 semáforos representam 50% do total existente no município. Nos últimos 2 anos, todos os semáforos instalados já contam com módulos de LED no lugar de lâmpadas convencionais.
Atualmente cerca de 50 contam com a nova tecnologia. "O mais importante para nós é a segurança, pois os módulos de LED têm uma vida útil muito longa e não queimam como as lâmpadas incandescentes", explica Purpur.

Cada módulo conta com 60 unidades de LED, que não perdem a força ao mesmo tempo. "No caso da incandescente, a lâmpada pode queimar de repente e causar acidentes", ressalta Purpur.
Outra vantagem apontada pelo diretor de Engenharia de Tráfego é a nitidez. "A luminosidade é mais forte, principalmente para os semáforos que ficam de frente para o sol", destaca. A economia no consumo de energia dos módulos de LED é de até 90% se comparada com a lâmpada convencional.
Os semicondutores do LED emitem luz quando energizados. O eletricista Edson Bratifich afirma que a durabilidade de um módulo de LED para semáforos é de 20 mil a 25 mil horas. "Quando a tecnologia foi lançada, a propaganda era de que poderia durar até 50 mil horas, mas isso não é verdade", afirma Bratifich.
Mesmo assim, a duração é muito superior às 2 mil horas proporcionadas pelas lâmpadas incandescentes com filamento reforçado, utilizadas na maioria dos semáforos.
Em licitações públicas, o eletricista alerta para o risco de aquisição de produtos de segunda linha. "Hoje, 100% dos módulos de LED vêm da China", afirma Bratifich. "Assim como existem três ou quatro marcas conhecidas e de boa qualidade há dezenas que produzem o equipamento em barracões de segunda em algum canto da China", destaca.
Bratifich afirma que é difícil para o poder público, por meio de licitações, garantir a aquisição dos melhores produtos. "Como a licitação se baseia no preço há um risco muito grande de se comprar gato por lebre", alerta.
Os módulos de LED são usados atualmente em televisores, iluminação pública e privada, painéis luminosos e na parte elétrica. Embora o preço seja superior ao das lâmpadas comuns, a economia e durabilidade garantem a expansão do LED no mercado. "O futuro é o LED, mas é preciso garantir a aquisição de produtos de qualidade", diz Bratifich.
Vinicius Carvalho

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