sábado, 7 de maio de 2011

Álcool volta a ser competivo em Maringá

Abastecer o tanque de combustível dos automóveis com álcool voltou a ser vantajoso em relação à gasolina nesta semana em Maringá. A reportagem pesquisou dez postos ontem à tarde. Em sete deles, o abastecimento com álcool era mais econômico; em dois, a gasolina oferecia vantagem, e em um posto a relação custo-benefício era equivalente. O abastecimento com gasolina em Maringá estava sendo vantajoso desde janeiro deste ano.
Para calcular a relação custo-benefício, deve se multiplicar o preço da gasolina por 0,70. Se o preço do álcool estiver inferior ao resultado, o abastecimento com gasolina é desvantajoso. O cálculo deve ser feito por causa da diferença de consumo do motor com os dois combustíveis.
O preço do álcool está caindo desde o começo de abril em Maringá, enquanto o da gasolina vem em tendência de alta. Em seis dos dez postos visitados ontem pela reportagem, o litro da gasolina custava R$ 2,89 - o preço mais alto encontrado na pesquisa. Para o álcool ser vantajoso em relação a esse preço da gasolina, deve estar num valor inferior a R$ 2,02.
O preço mais comum do álcool nos postos visitados pela reportagem é de R$ 1,99 por litro, verificado em quatro estabelecimentos. A variação encontrada no preço do litro do álcool em Maringá vai de R$ 1,87 a R$ 2,19.
Para o superintendente da Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), José Adriano da Silva Dias, o preço do álcool deve cair ainda mais nos próximos dias, porque o período é de início de safra da cana-de-açúcar.
O superintendente afirma, no entanto, que deve haver cuidado para que o preço do álcool não abaixe demais nos postos de gasolina, pois dessa maneira os usineiros não darão conta da produção e abastecimento do mercado.
"Se o preço abaixa demais não é benéfico para a cadeia produtiva. Não adianta ganhar muito dinheiro de uma vez e depois trabalhar de graça. Precisamos evitar extremos para não termos de passar nunca mais por uma situação dessas", avalia.
Dias afirma que, como o custo de produção do álcool é de aproximadamente um real por litro, o preço ideal para o consumidor final deveria variar entre R$ 1,80 e R$ 1,90.
Nos postos, a visão dos consumidores é diferente: quanto mais barato o álcool, melhor. O entregador André Piovesan comemora a queda do preço, porque o motor do carro dele só é movido a álcool. Ainda assim, acha que a redução poderia ser maior. "Alguns postos nem mexeram no preço ainda. A produção é toda nacional, nada justifica esse custo", ressalta.

Na bomba
R$ 2,75 foi o menor preço do litro da gasolina encontrado pela reportagem em Maringá.

O Diario

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