Se a qualidade da previsão do tempo no Brasil depender de maior capacidade computacional, então as notícias são bastante animadoras. O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) acaba de receber um dos mais modernos supercomputadores do mundo, capaz de realizar nada menos que 16 trilhões de operações matemáticas por segundo.
O novo supercomputador foi importado da empresa norte-americana Cray e chegou a São José dos Campos, em São Paulo, nesta segunda-feira (4). O equipamento pesa cerca de 40 toneladas e vai permitir ao Instituto Nacional de Pesquisas Espacial (INPE) uma melhora substancial na qualidade da previsão do tempo no Brasil.
O supercomputador é avaliado em US$ 23 milhões e deve entrar em operação no CPTEC), ligado ao INPE, no início de 2011.
A grande capacidade de processamento de dados vai permitir uma previsão do tempo mais precisa em uma escala muito pequena.
A necessidade de um investimento em um equipamento deste porte vem crescendo desde que tragédias climáticas passaram a atingir o Brasil com maior frequência e intensidade. Um exemplo presente na memória são as enchentes e deslizamentos que assolaram o Vale do Itajaí em 2008, que aconteceram sem qualquer aviso ou chance de prevenção. Mais recentemente, outro deslizamento de grande porte em razão das fortes chuvas terminou em catástrofe na Ilha Grande, no Rio de Janeiro, em janeiro de 2010.
O que muda com o supercomputador
A atual infra-estrutura computacional do CPTEC está operando no limite de sua capacidade, o que impede a incorporação de avanços que já foram obtidos nas áreas de modelagem numérica. O novo equipamento deverá ampliar em 50 vezes essa capacidade, tornando possível a implementação de uma série de inovações já em curso.
De acordo com o instituto, o nível de detalhamento da previsão do tempo contemplará grades de 5 quilômetros quadrados para toda a América do Sul e 20 quilômetros para o resto do globo, permitindo gerar dados mais confiáveis, de melhor qualidade e com mais dias de antecedência.
Em uma área como a Grande São Paulo, por exemplo, será possível saber a diferença da chuva que cairá na zona leste e no centro da capital. Atualmente, o INPE faz esse calculo para pontos com distância de 20 quilômetros.
Performance
Com o novo equipamento, o CPTEC deverá aumentar a precisão de prognósticos de eventos extremos como chuvas intensas, granizo, geada, nevoeiro, ventos fortes, ondas de calor entre outros, conseguindo antecipar a magnitude de um acontecimento.
Na área de previsão do clima sazonal, para até três meses, os especialistas esperam um maior aperfeiçoamento da modelagem física da atmosfera, com uma melhor representação, por exemplo, das nuvens, da umidade do solo e de regiões cobertas por gelo e neve.
A chegada do novo supercomputador também deve trazer avanços para as previsões ambientais e de qualidade do ar, que incluem gases, como monóxido e dióxido de carbono e óxido nitroso, e aerossóis, material gerado pelas queimadas e emissões urbanas e industriais. Esse tipo de previsão que atualmente é feita para três dias será estendida para seis dias, com boa confiabilidade, diz o CPTEC.
Na prática poderemos ter previsões da qualidade do ar com resolução de 3 quilômetros para diferentes sub-regiões da Grande São Paulo, como bairros da zona sul e da zona leste.
Todo o Centro de pesquisa passará por uma grande adaptação nos próximos meses. O novo supercomputador substitui os 1100 processadores do atual supercomputador do CPTEC, para mais de 30 mil processadores, que irão exigir grande esforço na montagem dos diferentes modelos de meteorologia. Para se ter uma idéia da capacidade de processamento, um computador de ponta vendido no comércio especializado conta hoje em dia com 4 núcleos independentes, enqanto o novo supercomputador utilizará nada menos que 30528 núcleos.
O novo supercomputador foi importado da empresa norte-americana Cray e chegou a São José dos Campos, em São Paulo, nesta segunda-feira (4). O equipamento pesa cerca de 40 toneladas e vai permitir ao Instituto Nacional de Pesquisas Espacial (INPE) uma melhora substancial na qualidade da previsão do tempo no Brasil.
O supercomputador é avaliado em US$ 23 milhões e deve entrar em operação no CPTEC), ligado ao INPE, no início de 2011.
A grande capacidade de processamento de dados vai permitir uma previsão do tempo mais precisa em uma escala muito pequena.
A necessidade de um investimento em um equipamento deste porte vem crescendo desde que tragédias climáticas passaram a atingir o Brasil com maior frequência e intensidade. Um exemplo presente na memória são as enchentes e deslizamentos que assolaram o Vale do Itajaí em 2008, que aconteceram sem qualquer aviso ou chance de prevenção. Mais recentemente, outro deslizamento de grande porte em razão das fortes chuvas terminou em catástrofe na Ilha Grande, no Rio de Janeiro, em janeiro de 2010.
O que muda com o supercomputador
A atual infra-estrutura computacional do CPTEC está operando no limite de sua capacidade, o que impede a incorporação de avanços que já foram obtidos nas áreas de modelagem numérica. O novo equipamento deverá ampliar em 50 vezes essa capacidade, tornando possível a implementação de uma série de inovações já em curso.
De acordo com o instituto, o nível de detalhamento da previsão do tempo contemplará grades de 5 quilômetros quadrados para toda a América do Sul e 20 quilômetros para o resto do globo, permitindo gerar dados mais confiáveis, de melhor qualidade e com mais dias de antecedência.
Em uma área como a Grande São Paulo, por exemplo, será possível saber a diferença da chuva que cairá na zona leste e no centro da capital. Atualmente, o INPE faz esse calculo para pontos com distância de 20 quilômetros.
Performance
Com o novo equipamento, o CPTEC deverá aumentar a precisão de prognósticos de eventos extremos como chuvas intensas, granizo, geada, nevoeiro, ventos fortes, ondas de calor entre outros, conseguindo antecipar a magnitude de um acontecimento.
Na área de previsão do clima sazonal, para até três meses, os especialistas esperam um maior aperfeiçoamento da modelagem física da atmosfera, com uma melhor representação, por exemplo, das nuvens, da umidade do solo e de regiões cobertas por gelo e neve.
A chegada do novo supercomputador também deve trazer avanços para as previsões ambientais e de qualidade do ar, que incluem gases, como monóxido e dióxido de carbono e óxido nitroso, e aerossóis, material gerado pelas queimadas e emissões urbanas e industriais. Esse tipo de previsão que atualmente é feita para três dias será estendida para seis dias, com boa confiabilidade, diz o CPTEC.
Na prática poderemos ter previsões da qualidade do ar com resolução de 3 quilômetros para diferentes sub-regiões da Grande São Paulo, como bairros da zona sul e da zona leste.
Todo o Centro de pesquisa passará por uma grande adaptação nos próximos meses. O novo supercomputador substitui os 1100 processadores do atual supercomputador do CPTEC, para mais de 30 mil processadores, que irão exigir grande esforço na montagem dos diferentes modelos de meteorologia. Para se ter uma idéia da capacidade de processamento, um computador de ponta vendido no comércio especializado conta hoje em dia com 4 núcleos independentes, enqanto o novo supercomputador utilizará nada menos que 30528 núcleos.
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