quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Dilma propõe 'pacto de avanço social' para erradicar miséria
A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta quarta (2), na mensagem do governo ao Congresso Nacional, o compromisso que havia assumido no discurso de posse: o de erradicar a miséria. Ela conclamou os governantes municipais e estaduais a se unirem em um "pacto de avanço social" para eliminar a miséria. Mas ressalvou que a missão não se restringe ao governo. "É uma missão de todos os brasileiros", afirmou (leia a íntegra da mensagem).
"O Brasil não pode aceitar mais que milhares de pessoas continuem vivendo na miséria, que não tenham alimentação suficiente, que não tenham um teto para viver. É vergonhoso que, em um país capaz de produzir no ano passado 149,5 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, ainda haja cidadãos que passem fome ", afirmou no plenário da Câmara, sob o aplauso dos congressistas.
Segundo a presidente, o governo "não permitirá" que a inflação retorne e prejudique os mais pobres. "Manteremos a estabilidade econômica como valor absoluto. Reafirmo que não permitiremos, sob nenhuma hipótese, que a inflação volte a corroer nosso tecido econômico e a penalizar os mais pobres.", declarou.
Dilma chegou à Câmara pouco antes das 16h. Foi recebida pelo presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), e pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).
A presidente chegou acompanhada do ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, e da Casa Civil, Antonio Palloci. Cumprimentando deputados e senadores no trajeto, ela atravessou todo o plenário até chegar à mesa, onde ouviu o Hino Nacional, ao lado dos presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso.
Confira outros pontos do discurso da presidente no Congresso:
Salário mínimo
Dilma afirmou que enviará ao Congresso uma proposta de reajuste do salário mínimo "conforme estabelece a lei". Segundo ela, "os salários dos trabalhadores terão ganhos reais sobre a inflação e serão compatíveis com a capacidade financeira do Estado". A proposta do governo é reajustar o salário mínimo para R$ 545. As centrais sindicais pressionam por uma reajuste maior, que eleve o salário mínimo para R$ 580.
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