sábado, 5 de novembro de 2011

Pane na TIM provoca revolta em usuários

Usuários de telefonia móvel da TIM em Maringá e região estão revoltados com uma série de problemas ocorridos nesta semana. Por meio da página na rede social Facebook, O Diário recebeu, em 12 horas, cerca de cem depoimentos, onde usuários relatam ligações não completadas, não recebidas, celulares com sinal de ocupado o tempo todo, falta de torre, falha na rede e mensagens de texto que só chegam ao destinatário um dia depois de enviadas.
A publicitária Ana Tozini foi uma das prejudicadas pela falha no serviço. Ela trabalha com publicidade e vendas e não conseguiu fazer ligações importantes para alguns clientes.
"Também não consegui receber ligações deles. Isso pode transmitir uma ideia de que a gente não quer atender, o que é muito ruim", afirma. Ela contornou o problema ativando uma conta telefônica de outra operadora, para conseguir falar com os clientes. "Sou usuária da TIM há muitos anos e nunca tinha passado por isso", comenta.
Responsável técnica e instrutora de ensino do restaurante e confeitaria da escola do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), em Maringá, Angélica Rodrigues ficou na mão às vésperas de um evento que organizava.
"Precisava reunir os jurados para um concurso e não conseguia telefonar para um deles", comenta. Ela também recorreu a um celular de outra operadora, mas como muitos dos jurados eram usuários da TIM, gastou muito tempo para encontrá-los de outra maneira.
"Tive que procurá-los pelos telefones fixos ou mandar email. Alguns, consegui localizar por MSN", destaca. "É um problema ficar sem celular, porque hoje a gente depende dele para tudo. Foi um transtorno muito irritante", ressalta.
Angélica migrou para a TIM no começo do ano e, desde então, enfrentou apagões no sistema três vezes. Ela afirma que nesta semana tentou ligar para o serviço de reclamações da operadora, mas a ligação não se completava. "Aconteceu a mesma coisa há pouco mais de um mês", lembra.
O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) também foi vítima do apagão desta quinta-feira. No Twitter, ele reclamou que estava sem sinal ao desembarcar em Londrina.
De acordo com o Procon de Maringá, foram registradas 126 reclamações sobre telefonia celular nos últimos 15 dias. Desse total, 49,2% foram de clientes da TIM. De acordo com o coordenador de pesquisa e estatística do Procon, Antônio Carlos de Faria, o segmento ainda é líder de reclamações na cidade.
"Para o Código de Defesa do Consumidor, a telefonia é um direito básico e as empresas, como concessionárias de um serviço público, devem oferecê-lo de maneira adequada, eficiente e contínua", afirma.
Ele explica que a partir das reclamações, o Procon pode notificar as empresas e iniciar processos administrativos, que preveem multa se for comprovada a interrupção do serviço sem justificativa.
"Embora a multa não seja revertida para quem fez a reclamação, é a única forma de atingirmos as empresas e fazer com que elas funcionem melhor. Entendemos que estão sujeitas a manutenção, mas o cliente não pode ser deixado sem o serviço", ressalta Faria. Para formalizar reclamação, o usuário deve procurar o Procon com uma cópia do documento de identidade, CPF e comprovante de residência.
Dados de junho deste ano mostram que a área com DDD 44, com 122 municípios, tem 2,101 milhões de números de celular, segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil).
Das operadoras que atuam no noroeste paranaense, a TIM lidera o mercado, com 56,82% das linhas, ou 1,193 milhões de celulares. A Claro é a vice-líder, com 17,4% do mercado, seguida pela Vivo, com 15,27% e a Oi, com 10,5%.

Protesto
62 foi o número de reclamações de clientes da TIM registrado no Procon em 15 dias

O Diario

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