A maioria dos eleitores, 89%, aprova as manifestações populares que se espalharam pelo país a partir do mês de junho, aponta pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta quinta-feira (25). Também de acordo com o levantamento, a avaliação da resposta dos governos e do Congresso Nacional aos protestos é negativa.
O Ibope ouviu 2.002 eleitores com mais de 16 anos em 434 municípios entre os últimos dias 9 e 12 deste mês.
Mais de 30% da população desaprova totalmente as ações tomadas pelos três níveis de governo (presidente, governador e prefeito) e pelo Congresso em resposta às reivindicações feitas nos protestos. Os entrevistados deram notas de zero a 10 para a atuação dos governantes frente às manifestações. De acordo com a pesquisa, a presidente Dilma Rousseff recebeu nota média 4. O Senado obteve nota média 3 e a Câmara, nota média 2,8. Já os governadores receberam nota média 3,6 e os prefeitos, 3,7.
Levando em conta as notas, a pesquisa afirma que 31% dos entrevistados desaprovam totalmente as ações de Dilma em resposta aos protestos, outros 49% consideram as ações medianas e 14% aprovam totalmente. O restante não quis ou não soube responder.
As ações dos governos estaduais em resposta às aos protestos são bem avaliadas por somente 9% da população, contra 32% que as desaprovam totalmente. Desaprovam totalmente a resposta da Câmara 39% dos entrevistados, contra 7% que aprovam totalmente.
A ação do Senado é desaprovada totalmente por 37%, contra 7% que aprovam totalmente. Já a reposta dos prefeitos é mal avaliada por 31% contra 10% que as aprovam totalmente.
Novas manifestações
A pesquisa mostra ainda que 34% dos eleitores pretendem participar de novas manifestações caso elas sejam realizadas. O principal motivo que faria os entrevistados saírem às ruas é pedir mais investimentos em saúde (43%).
A pesquisa mostra ainda que 34% dos eleitores pretendem participar de novas manifestações caso elas sejam realizadas. O principal motivo que faria os entrevistados saírem às ruas é pedir mais investimentos em saúde (43%).
Além disso, 35% pediriam o fim da corrupção, 20% protestariam contra a falta de segurança pública, 16% questionariam a inflação e 14% pediriam mais investimentos em educação, melhoria nos serviços públicos e protestariam contra políticos de modo geral.
Avaliação por áreas
De acordo com o levantamento, a área do governo federal com pior desempenho na visão da população é a saúde. Essa opção foi assinalada por 71% dos entrevistados como o setor com pior desempenho.
De acordo com o levantamento, a área do governo federal com pior desempenho na visão da população é a saúde. Essa opção foi assinalada por 71% dos entrevistados como o setor com pior desempenho.
A área da segurança pública foi citada por 40% da população, seguida pela educação (37), o combate às drogas (24%), o combate à corrupção (21%), os salários (15%), os impostos (14%), o custo de vida (12%), a geração de empregos (10%), o transporte (9%), a fome (6%) e a habitação (5%).
Conforme a pesquisa, para a população, as áreas em que o governo tem apresentado melhor desempenho são: habitação (citada por 28% dos entrevistados), combate à fome (23%), capacitação profissional (22%), energia elétrica (21%), cultura e lazer (21%), geração de empregos (18) e agricultura (16%).
Serviços públicos
De acordo com a pesquisa, dos 13 tipos de serviços públicos avaliados, apenas quatro foram considerados “adequados” pela maioria da população: correios, fornecimento de energia elétrica, fornecimento de água e iluminação pública.
De acordo com a pesquisa, dos 13 tipos de serviços públicos avaliados, apenas quatro foram considerados “adequados” pela maioria da população: correios, fornecimento de energia elétrica, fornecimento de água e iluminação pública.
Os serviços com pior avaliação são: segurança pública, postos de saúde e hospitais, que são considerados de baixa ou muito baixa qualidade por 87% dos entrevistados. Em seguida, aparece o transporte público, com avaliação ruim de 73% da população, e a educação fundamental e ensino médio, com 67%.
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