domingo, 14 de abril de 2013

Maternidade é fechada após morte de 7 bebês em 14 dias no DF



Da Folha de S. Paulo
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A maternidade do Hospital Regional Ceilândia, nos arredores de Brasília, foi fechada neste sábado (13) após a morte do sétimo bebê em 14 dias.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal determinou a interdição de toda a unidade obstetrícia por tempo indeterminado, incluindo a internação e a UTI neonatal (Unidade de Terapia Intensiva). As demais áreas do hospital seguem funcionando normalmente.
É a maior maternidade do Distrito Federal em número de partos, com cerca de 24 por dia.
No momento, estão internados na unidade 16 mães e 19 bebês, sendo 8 na UTI. Os pacientes permanecerão na unidade até que recebam alta.
A avaliação é que a transferência a outros hospitais traria risco à vida dos pacientes.
Ainda não há previsão para a reabertura da maternidade, já que não se sabe quando os internados serão liberados.
Com a maternidade vazia, será feita a higienização completa do local.
Até agora, foi confirmada a causa da morte de apenas dois bebês. Segundo o governo do DF, eles morreram por infecção da bactéria Serratia. Os demais casos ainda estão sendo investigados.
“Nós mesmos decidimos fechar na hora que percebemos que o problema poderia ser mais grave. Pelo bem das pessoas que estão internadas ou que podem vir a ser internadas”, afirmou o secretário-adjunto de Saúde, Elias Miziara.
Segundo ele, os hospitais de Taguatinga e Samabaia, cidades-satélites de Brasília, receberão reforços para compensar o fechamento do hospital.
CAPACIDADE
A maternidade do Hospital Regional Ceilândia possui 56 leitos de enfermaria, 20 de cuidados intermediários de mãe e bebê e 8 de UTI –que se encontra atualmente lotada.
Há quatro dias, o secretário de Saúde, Rafael Barbosa, chegou a visitar a maternidade do hospital. Segundo a secretaria, ele pediu a “profilaxia” do local e anunciou que a maternidade passaria a atender apenas casos de emergência.
Com a sétima morte confirmada nesta manhã, de um bebê de quatro dias, o governo decidiu fechar o local e manter o atendimento apenas para os pacientes já internados.Joice Hasselmann

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