quinta-feira, 3 de abril de 2014

Carta com renúncia de Sérgio Cabral é lida em solenidade na Alerj

Lívia Torres Do G1 Rio

Sérgio Cabral renunciou na tarde desta quinta-feira (3) ao cargo de governador do Rio de Janeiro, após cumprir dois mandatos. A renúncia foi escrita em uma carta, lida pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Paulo Melo (PMDB), pouco depois das 16h30. Cabral, que não participou da solenidade, deve tentar uma vaga no Senado Federal.

O cargo está em vacância até sexta-feira (4), quando Luiz Fernando Pezão deixa de ser governador em exercício e toma posse do cargo em definitivo. A cerimônia será no Palácio Guanabara, às 10h30 desta sexta.
Carta enviada por Cabral ao presidente da Alerj, deputado Paulo Melo (Foto: Lívia Torres/ G1)Carta enviada por Cabral ao presidente da Alerj,
deputado Paulo Melo (Foto: Lívia Torres/ G1)
Eleito em 2006, foi reeleito em 2010, no primeiro turno. Teve bons resultados, principalmente na área de segurança, com a criação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Desde 2013, no entanto, após as manifestações iniciadas em junho, o governador vê sua popularidade cair. No dia de sua despedida do cargo, o G1 faz um balanço dos sete anos e três meses do político à frente da população fluminense.

Veja a carta na íntegra abaixo

Excelentíssimo Senhor Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
Com fundamento no art. 99, VI, da constituição do Estado do Rio de Janeiro, e tendo em vista o disposto no parágrafo 6º, do art. 14, da Constituição Federal, venho manifestar a minha Renúncia ao cargo de Governador do Estado do Rio de Janeiro, para o qual fui reeleito e no qual  tomei posse no dia 01 de janeiro de 2011.
Nesta quarta-feira (2), às vésperas da renúncia, o próprio Cabral resumiu seu trabalho e disse que entrega um estado diferente de quando começou a governar. “Nós temos a melhor Polícia Militar e a melhor Polícia Civil e isso não é ufanismo, nem demagogia. Valeu a pena investir no sistema de segurança pública. A gente fez isso como prioridade, sabendo a importância para o estado. Nós não ganharíamos as Olimpíadas, não chegaríamos aonde chegamos."
O governador celebrou os números das votações que o elegeram. "Não tenho do que me queixar com a população do Rio de Janeiro. Fui o governador mais votado da história em 2006 e em 2010. Graças a Deus, temos democracia e rodízio de poder. Minha gratidão é eterna.”g1

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