Candidata à presidência da República pelo Partido verde (PV) chegou na cidade com quase duas horas de atraso.
A candidata à presidência da República, Marina Silva (PV), esteve em Maringá nesta quinta-feira (26), onde cumpriu agenda de visitas. Em entrevista, ela comentou as notícias de quebra de sigilo bancário de pessoas ligadas ao PSDB, para suposto dossiê que seria usado na campanha da petista Dilma Rousseff. “Numa democracia, todas as denúncias devem acontecer por meios legais. É fundamental que o estado de direito seja respeitado e quem assume o Estado deve respeitar aquilo que a lei estabelece. Se não se respeita o processo democrático e as instituições durante a eleição, como se terá a certeza que haverá o respeito, quando chegar ao poder”, disse ela.
Marina se colocou a favor de investigações. “Que haja investigação, que haja punição e que ninguém possa ser acusado por meios ilegais”, continuou
Questionada sobre pesquisas e sobre os rumos da campanha, Marina explicou que não mudará as estratégias, apesar de aparecer em terceiro lugar das intenções de voto. “Minha campanha vai continuar conversando com as pessoas, participando dos debates, apresentando propostas, sem pegadinhas, sem ataques pessoais. Estão achando que decidiram quem é o candidato oficial de situação e de oposição, e eu estou dizendo que é o eleitor brasileiro que tomará essa decisão”, explicou.
O voo que trouxe a candidata para Maringá chegou por volta das 16h45, uma hora e 45 minutos após o programado. Do aeroporto ela e o candidato do PV ao governo estadual, Paulo Salamuni, seguiram para a Apae Rural, onde foi recepcionada por uma banda formada por crianças da escola especial. No local, Marina conheceu o projeto de criação de mudas, realizado pela Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) em parceria com a Cocamar Cooperativa Agroindustrial. A candidata também ouviu apelos por melhores condições das escolas especiais no Brasil.
“Nós temos uma discussão séria sobre a questão da educação inclusiva. Vamos atualizar a visão sobre o tratamento com pessoas que tem necessidades especiais”, respondeu.
No município, ela ainda participou da inauguração de uma das “Casas da Marina”, espécie de comitê voluntário de campanha da candidata em residências ou locais de trabalho de apoiadores. A casa escolhida fica instalada no Jardim Alvorada (zona norte da cidade).
Em seguida, Marina se dirigiu à Igreja Assembléia de Deus onde participou de um culto e falou aos presentes. De Maringá, a candidata embarcou para Florianópolis.
Quebra de sigilo bancário
A Receita Federal vasculhou, em sequência e em um mesmo dia, os dados fiscais sigilosos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e de mais três pessoas ligadas ao comando do partido.
A operação foi revelada ontem pelo portal do jornal O Estado de S. Paulo. Até então, sabia-se que apenas os dados de Eduardo Jorge haviam sido acessados e vazados para um suposto dossiê que teria sido usado para a campanha da petista Dilma Rousseff.
As consultas ocorreram num intervalo de 15 minutos e atingiram outros três nomes vinculados à direção tucana. No dia 8 de outubro de 2009, servidores do Fisco abriram, a partir do mesmo computador, os dados sigilosos de Eduardo Jorge e de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado.
Gazeta do Povo
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