Foto área mostra rancho em que foram encontrados 72 corpos de imigrantes, entre eles quatro brasileiros, no México
O governo do Brasil confirmou neste sábado (28), por meio do Itamaraty, a morte de um brasileiro entre os 72 imigrantes assassinados no México.
O Itamaraty informou que foi identificado o corpo de um brasileiro e localizado também documento de outro, que não corresponde a nenhum dos corpos identificados até agora. O Itamaraty está tentando localizar a família, acionando a polícia para ajudar. Uma vez que a família seja comunicada e se a família não se opuser, o nome será divulgado.
O processo de identificação das vítimas continua neste sábado (28), com a possibilidade de que a maioria não possa ser reconhecida, devido ao estado de decomposição dos corpos.
O vice-ministro das Relações Exteriores de Honduras, Alden Rivera, disse ter receio de que várias das vítimas fiquem sem qualquer possibilidade de identificação.
Já foram reconhecidos 31 dos 72 corpos - entre eles 14 hondurenhos, 12 salvadorenhos, quatro guatemaltecos e um brasileiro - porque eram os únicos que estavam com algum documento de identidade, explicou o diplomata na Cidade do México. As tarefas prosseguiam, embora até o momento não tenham sido divulgados detalhes.
O Ministério das Relações Exteriores de Honduras anunciou que coordena com os familiares das vítimas o processo de repatriação.
O massacre ocorrido em Tamaulipas foi atribuído por um sobrevivente equatoriano a integrantes do cartel dos Zetas - grupo criado no final dos anos 1990 por ex-militares das forças especiais mexicanas.
Navi Pillay, titular do Alto Comissariado da ONU (Organização das Nações Unidas) para os Direitos Humanos (Acnudth) disse que dos 400 mil imigrantes que atravessam o México para chegar aos Estados Unidos, a maioria é vítima de redes internacionais de contrabando, do tráfico de pessoas e de drogas.
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