quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nutricionista come ração de cachorro para denunciar má alimentação nos EUA

Para denunciar a baixa qualidade da alimentação nos Estados Unidos, o nutricionista americano Mike Konowalski vai passar o mês de janeiro comendo apenas ração para cachorro. "Acho que a comida de cachorro que estou comendo agora é mais saudável do que a alimentação que tive no ano passado", afirmou Konowalski, de 32 e pai de dois filhos, em uma entrevista a um canal de televisão dos EUA.

Konowalski, que mora em Las Vegas, no estado americano de Nevada, já havia realizado anteriormente uma dieta que consistia unicamente em comer todo tipo de fast-food sem se preocupar com seus ingredientes. O nutricionista de origem polonesa mantém um blog no sobre suas experiências com alimentação e pretende realizar um documentário sobre o tema, intitulado The Choice Project.


"Para ilustrar meu argumento e mostrar o que ocorre com o corpo e a mente humana (com este tipo de dieta), decidi servir como exemplo com a esperança de motivar as pessoas a mudarem seus hábitos de uma vez por todas", afirma em seu blog. Também está escrito na página: "viva saudavelmente ou morra gordo".
Atualmente, o menu do nutricionista consiste em bolachas e comida enlatada para cachorros. Os médicos advertiram Konowalski de que sua dieta poderia ocasionar problemas intestinais, mas descartam que possam surgir transtornos graves. Além disso, Konowalski tenta convencer o público de que não existem métodos mágicos para perder peso e que a solução passa por uma mudança de estilo de vida. "Os que riem de mim deveriam olhar para si mesmos e ver que eles são o que comem diariamente", afirmou.
O nutricionista rejeita os paralelismos com o documentário Super Size Me - A Dieta do Palhaço de 2004, em que Morgan Spurlock passou um mês comendo alimentos da rede de fast-food McDonald's para mostrar seus efeitos sobre o corpo humano. De acordo com Konowalski, Super Size Me erra ao culpar terceiros por nossos hábitos alimentares. "Nossa alimentação é uma coisa pessoal, e normalmente não escolhemos as comidas mais saudáveis", disse.
A obesidade é um problema de saúde pública nos EUA. O número de estados com mais de 30% de pessoas obesas triplicou em dois anos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O estudo mais recente mostra um aumento de 1,1% da população adulta obesa nos Estados Unidos (o que equivale a 2,4 milhões de pessoas) entre 2007 e 2009. De acordo a CDC, a despesa médica de uma pessoa obesa é de US$ 1,429 mil a mais ao ano do que a de uma pessoa com peso normal.
RDF

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