Os corpos de Vanilde Freitas da Silva, 30, e Carlos Alberto Turlon, 34, foram encontrados mortos em um fundo de vale, com tiros na boca, em uma barraca improvisada com lona preta, próximo à Rua Gralha Azul.
O acusado disse que cometeu o crime por vingança. Ele afirma que o casal teria colocado fogo na casa dele na semana passada.
Silva disse aos policiais que passava pelo local quando o casal o chamou para entrar na barraca. Eles o teriam arranhado as costas com uma faca e por isso Silva teria pego uma arma e efetuado os disparos.
O jovem, que apresentava várias ranhuras nas costas, ressaltou que se entregou à polícia pois estava arrependido. Ele vai responder inquérito por duplo homicídio.
Incêndio
O Diário fez uma matéria sobre o incêndio, que motivou o crime, na semana passada. A casa de Silva foi totalmente destruída pelo fogo. Ele e o irmão de 15 anos dormiam na residência quando as chamas começaram a queimar os móveis. Segundo relato dos moradores da casa, um rapaz teria colocado fogo no sofá e fugido.
Vanilde, que morreu assassinada, era usuária de crack e morava na casa que foi incendiada. Como a destruição da residência foi completa, ela teria ido morar com Turlon na barraca.
Vanilde concedeu entrevista ao jornal O Diário em uma matéria sobre tráfico e consumo de crack no Estádio Willie Davids. Em um trecho da entrevista, ela contou que era ex-zeladora de uma empresa que prestava serviços de faxina para a Polícia Civil.
Vanilde disse estar deprimida por conta do crack. "Não aguento mais essa vida. Essa droga está me quebrando aos poucos. Todos os dias tenho vontade de morrer", desabafou ela, aos prantos, durante a entrevista.O Diario
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