Às vésperas do feriado prolongado de Carnaval, o preço do etanol nos postos de Maringá segue trajetória de alta. O valor do litro atingiu R$ 2,09 em um posto no Centro, um aumento de 5% frente ao preço máximo de R$ 1,99 praticado na cidade na semana passada, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
A reportagem de O Diário percorreu dez postos na área central de Maringá, na tarde de ontem, e encontrou variação entre R$ 1,87 e R$ 2,09. Na média, o litro de etanol sai da bomba por R$ 1,97. "É a primeira vez que vejo o álcool chegar a esse preço. Estamos informando nossos clientes de que nesse momento está compensando abastecer com gasolina", diz o frentista Paulo Fernando Fortunato Moraes, que trabalha em um posto na Zona 3.O etanol em Maringá está mais caro que em cidades vizinhas. Em Sarandi e em Marialva também houve reajuste, mas são poucos os postos que cobram mais que R$ 1,90 pelo litro. O preço mínimo encontrado foi de R$ 1,82 em Marialva e de R$ 1,83 em Sarandi.
O reflexo do valor em Maringá é o aumento do movimento nos postos nas cidades vizinhas. "Cerca de 70% dos nossos clientes são de Maringá. E a maioria pede para completar o tanque", conta o frentista Crenilson Ricardo Yackstet, de um posto no Centro de Marialva.
O superintendente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná (Alcopar), Adriano Dias, diz que o aumento dos preços não tem ligação com o feriado de Carnaval. A "culpa" é da falta de regulação do mercado.
"Esse aumento do preço do etanol na entressafra só vai acabar quando o governo agir como regulador, comprando o produto quando estiver em baixa e vendendo quando os estoques nas distribuidoras diminuírem."
Com a matéria-prima começando a chegar por esses dias às usinas, acrescenta Dias, vai levar mais dez dias até que o consumidor final perceba a queda do preço do álcool nas bombas. A reportagem procurou o Sindiombustíveis-PR para comentar o assunto, mas não recebeu retorno até o fechamento da edição.
Mais vantajoso
Os especialistas recomendam o motorista não abastecer o veículo com álcool sempre que o preço do litro superar 70% do valor da gasolina. O porcentual reflete o menor rendimento do álcool, que faz o veículo rodar menos quilômetros que a gasolina com um mesmo volume de combustível.O Diario
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