Os custos com a organização da Copa do Mundo aumentaram R$ 2,2 bilhões — soma que inclui R$ 600 milhões a mais com o custo das obras dos estádios e R$ 1,6 bilhão que não estavam previstos com a reforma dos aeroportos. A soma total dos investimentos chega a R$ 28,1 bilhões — valor que supera em 10% o que estava orçado.
Nesta segunda-feira (24) em Brasília, a Fifa (Federação Internacional de Futebol) e o Ministério do Esporte tentaram rebater as críticas, feitas nos últimos dias durante manifestações em várias cidades do País, sobre gastos públicos na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. Mas muitas questões ficaram mal explicadas.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que os gastos com estádios representam R$ 7,5 bilhões dos R$ 28,1 bilhões previstos nas obras da Matriz de Responsabilidades da Copa. Mas esse número das obras nas arenas já representa um aumento de R$ 600 milhões em relação ao que foi divulgado pelo governo, por causa de ajustes feitos no Mané Garrincha. O governo só não explicou por que houve esse estouro do orçamento.
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Segundo Rebelo, não há dinheiro do Orçamento Geral da União na construção e reformas de arenas esportivas, apesar de R$ 3,8 bilhões virem de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é federal. De acordo com o ministro, o restante dos investimentos previstos na Matriz de Responsabilidades (R$ 20,6 bilhões) destina-se a obras necessárias para o Brasil, que faziam parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e “aconteceriam no País independentemente da Copa”.
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Entre os investimentos previstos estão R$ 8,9 bilhões com mobilidade urbana, R$ 8,4 bilhões com melhorias nos aeroportos (sendo R$ 5,1 bilhões do setor privado) e R$ 1,9 bilhão com segurança. Mas esses números cresceram em relação ao último relatório, divulgado em abril: a reforma dos aeroportos, que antes estava orçada em R$ 6,9 bilhões, teve aumento de R$ 1,6 bilhão. Aldo ressaltou outra vez:
— Não há recursos do governo federal, apenas empréstimos no valor máximo de R$ 400 milhões [por estádio] via BNDES.
Segundo Rebelo, não faz sentido dizer que o governo deixou de investir em saúde e educação para gastar dinheiro com o evento esportivo da Fifa.
— Apenas neste ano, o Orçamento da União destina para a saúde e educação R$ 177 bilhões. O orçamento do Ministério do Esporte é aproximadamente 1% desse valor.
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O ministro disse que o evento permitirá a circulação de R$ 112 bilhões no país no período de 2010 a 2014 e gerará R$ 63,5 bilhões de renda para a população, de acordo com estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Ministério do Esporte também considera que a Copa do Mundo é uma oportunidade para atrair investimentos privados.
Perguntado por jornalistas se a Fifa só está usando o Brasil para lucrar, o secretário-geral da federação, Jérôme Valcke, disse que o evento gerará sim dividendos para a entidade, mas que a Fifa também gastará entre US$ 1,4 bilhão e US$ 1,5 bilhão com a organização da Copa do Mundo (entre R$ 3,1 bilhões e R$ 3,3 bilhões). Ele destacou que pelo menos parte desse dinheiro ficará no país, sob a forma de hospedagem, transportes e a organização do evento.
— Sim, a Fifa vendeu seus direitos comerciais por US$ 4 bilhões (cerca de R$ 9 bilhões) para o ciclo de 2011 a 2014. Somos uma empresa. Estamos ganhando dinheiro, mas também temos uma série de responsabilidades e projetos que apoiamos. Mas no fim não estamos lucrando, porque esse não é o objetivo da Fifa.
O secretário-geral também aproveitou a coletiva para fazer um balanço da organização da Copa das Confederações 2013. Segundo ele, o evento está sendo um sucesso de público (com média de 47,8 mil espectadores por partida) e de gols (com média 4,83 por jogo). Segundo ele, não há grandes questões a resolver para a Copa do Mundo.
— Não houve nada que colocasse em risco a organização da Copa das Confederações. A organização e o trabalho que foi entregue nos dias que antecederam a Copa, algumas vezes antes dos jogos, foram incríveis. A força de trabalho aqui no Brasil é incrível para entregar – OK, muitas vezes no último minuto – infraestrutura, estádios e instalações. Foi um desafio, mas o desafio foi bem.
Nesta segunda-feira (24) em Brasília, a Fifa (Federação Internacional de Futebol) e o Ministério do Esporte tentaram rebater as críticas, feitas nos últimos dias durante manifestações em várias cidades do País, sobre gastos públicos na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014. Mas muitas questões ficaram mal explicadas.
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse que os gastos com estádios representam R$ 7,5 bilhões dos R$ 28,1 bilhões previstos nas obras da Matriz de Responsabilidades da Copa. Mas esse número das obras nas arenas já representa um aumento de R$ 600 milhões em relação ao que foi divulgado pelo governo, por causa de ajustes feitos no Mané Garrincha. O governo só não explicou por que houve esse estouro do orçamento.
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Segundo Rebelo, não há dinheiro do Orçamento Geral da União na construção e reformas de arenas esportivas, apesar de R$ 3,8 bilhões virem de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que é federal. De acordo com o ministro, o restante dos investimentos previstos na Matriz de Responsabilidades (R$ 20,6 bilhões) destina-se a obras necessárias para o Brasil, que faziam parte do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e “aconteceriam no País independentemente da Copa”.
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— Não há recursos do governo federal, apenas empréstimos no valor máximo de R$ 400 milhões [por estádio] via BNDES.
Segundo Rebelo, não faz sentido dizer que o governo deixou de investir em saúde e educação para gastar dinheiro com o evento esportivo da Fifa.
— Apenas neste ano, o Orçamento da União destina para a saúde e educação R$ 177 bilhões. O orçamento do Ministério do Esporte é aproximadamente 1% desse valor.
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Perguntado por jornalistas se a Fifa só está usando o Brasil para lucrar, o secretário-geral da federação, Jérôme Valcke, disse que o evento gerará sim dividendos para a entidade, mas que a Fifa também gastará entre US$ 1,4 bilhão e US$ 1,5 bilhão com a organização da Copa do Mundo (entre R$ 3,1 bilhões e R$ 3,3 bilhões). Ele destacou que pelo menos parte desse dinheiro ficará no país, sob a forma de hospedagem, transportes e a organização do evento.
— Sim, a Fifa vendeu seus direitos comerciais por US$ 4 bilhões (cerca de R$ 9 bilhões) para o ciclo de 2011 a 2014. Somos uma empresa. Estamos ganhando dinheiro, mas também temos uma série de responsabilidades e projetos que apoiamos. Mas no fim não estamos lucrando, porque esse não é o objetivo da Fifa.
O secretário-geral também aproveitou a coletiva para fazer um balanço da organização da Copa das Confederações 2013. Segundo ele, o evento está sendo um sucesso de público (com média de 47,8 mil espectadores por partida) e de gols (com média 4,83 por jogo). Segundo ele, não há grandes questões a resolver para a Copa do Mundo.
— Não houve nada que colocasse em risco a organização da Copa das Confederações. A organização e o trabalho que foi entregue nos dias que antecederam a Copa, algumas vezes antes dos jogos, foram incríveis. A força de trabalho aqui no Brasil é incrível para entregar – OK, muitas vezes no último minuto – infraestrutura, estádios e instalações. Foi um desafio, mas o desafio foi bem.
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