“O Brasil pediu essa Copa do Mundo. Nós não a impusemos ao Brasil. Eles sabiam que para ter uma boa Copa do Mundo naturalmente teriam que construir estádios. Mas nós dizemos que não é apenas para o Mundial. Junto com os estádios há outras construções: rodovias, hotéis, aeroportos... São itens do legado para o futuro”, defendeu Blatter.
“Eu posso entender que as pessoas não estão felizes. Mas acho que eles não deveriam usar o futebol para anunciar as reivindicações”, disse. “Tive um jantar com o ministro ontem [segunda-feira]. Ele falou sobre isso [protestos]. Mas este é um assunto que o governo que tem que gerenciar e controlar. Não é um assunto da Fifa”, completou o dirigente.O presidente da Fifa ainda criticou o fato dos protestos ocorrerem durante a Copa das Confederações, admitiu que está preocupado com as manifestações e que tem conversado com o ministro do Esporte, Aldo Rabelo, sobre o assunto.
Na entrevista, Blatter também afirmou estar impressionado com a beleza dos estádios e minimizou os problemas de infraestrutura.
“Em um país com 200 milhões de pessoas e é natural que em algum lugar haja engarrafamentos, problemas com mobilidade. É algo que precisa ser resolvido dentro das diferentes cidades-sedes”, contou.
Ele ainda falou sobre as vaias à presidente Dilma Rousseff na estreia da seleção em Brasília.
“Pedi respeito à chefe de Estado. Eles podem vaiar o presidente da Fifa, não me importo, porque o presidente da Fifa ou as pessoas gostam ou não gostam. Mas a chefe de Estado estava lá e eu pedi por um pouco de respeito e de jogo limpo. Para ela, não para mim”, argumentou.Gazeta Maringá
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