Estive na rodoviária de Maringá. Foi ontem à noite. Gente, aquilo está nojento. É sério. Nojento talvez nem seja a melhor palavra para falar do terminal. As andorinhas (são andorinhas ou pombinhas? eu é que não iria olhar pro teto, né?) tomaram aquele espaço. Tem milhares delas. O prédio está todo sujo. Os vidros, o piso… tudo. Os passageiros e acompanhantes entram sob uma chuva de dejetos das aves. Por coincidência, quando estava lá, vi à distância a Alana, repórter da RPC. Ela fazia um “ao vivo” para o Paraná TV. Observei-a deixando o terminal. Ela usava as folhas da pauta para tentar se proteger enquanto saia do prédio.
Fui com minha filha buscar meus pais. Achei que não sairia limpo dali. Fiquei indignado. Já tinha noticiado o fato na CBN Maringá, mas não imaginava que a situação era tão grave.
Não é uma indignação apenas pela sujeira. É pela sensação de abandono. O cidadão chega ali e está desprotegido. Tudo bem… Alguns diriam: “são só aves”. Eu discordo. Não é uma questão de ser só aves. É uma questão de saúde pública, de higiene.
Falaram em colocar uma tela para impedir que as andorinhas usem o terminal como abrigo. Ainda não tem tela por lá. Já ouvi dizer que o Ibama não quer conversa, já que as aves podem morrer.
Desculpem-me, não vou ser politicamente correto.
Danem-se os ambientalistas de plantão! As aves vão encontrar seu espaço.
Algo tem que ser feito.
É ridículo, mas um guarda-chuva é bem vindo para circular pela rodoviária de Maringá.
Aquilo ali é um desrespeito aos usuários. Uma agressão a quem passa por lá. E fala contra a cidade. Imaginem: alguém vem de São Paulo pra Maringá… O que ele encontra? Uma rodoviária completamente cagada e uma chuva de dejetos. Qual a primeira visão que terá da cidade?
Sinceramente, se nada há por fazer, então que a rodoviária seja fechada. Entreguem-na às aves. Vamos logo reconhecer que elas são mais importantes que as pessoas, os passageiros. Façamos como em cidades pequenas: parar os ônibus ao lado de bares, restaurantes, postos… Qualquer esquina é melhor que um terminal tomado por aves.
Blog do Ronaldo Nezo
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