Kits escolares geram atrito entre prefeitos de Londrina e Maringá
Declaração dada pelo prefeito de Londrina, Barbosa Neto(PDT)causou desentendimento com o maringaense Silvio Barros (PP) Polêmica
A compra de material escolar para os estudantes da rede municipal de Maringá e Londrina causou mal estar entre os prefeitos das duas maiores cidades do interior paranaense. A polêmica foi gerada após uma declaração dada pelo londrinense Barbosa Neto (PDT). Ele alegou que os kits escolares que seriam adquiridos pela sua administração eram mais caros que os de Maringá porque tinham qualidade superior.
“Querem comparar a baixa qualidade do material que foi distribuído em Maringá, com a altíssima qualidade do material que nós pretendemos entregar para 34 mil crianças da nossa cidade”, declarou Barbosa. O prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP) não gostou da crítica e rebateu: “Eu acho que o prefeito [Barbosa Neto] foi apenas mal informado. Talvez algum assessor, na tentativa de defendê-lo, tenha passado informações equivocadas”, declarou em entrevista para a RPC TV Maringá.
Nesta sexta-feira (9), assessores de Barros foram até a Prefeitura de Londrina entregar os kits maringaenses para Barbosa Neto, que não foi encontrado. Os itens foram deixados com o chefe de gabinete. A equipe também levou os materiais para os membros do Observatório de Gestão Pública, entidade que fiscaliza as licitações em Londrina.
No último dia 2, o observatório já havia pedido a impugnação do edital de compra de 34 mil Kits que custariam R$ 8,256 milhões aos cofres londrinenses. Para a entidade, o edital de Pregão Presencial apresentava cinco irregularidades que poderiam acarretar grave lesão ao patrimônio público.
MP pede suspensão da compra de kits
A diferença de preços apresentado pelo edital e a pesquisa do Observatório de Gestão Pública foi um dos pontos que levou o Ministério Público (MP) a pedir a suspensão imediata da compra dos kits em Londrina. Na última quarta (7), o secretário de Governo, Marco Cito, afirmou que a abertura dos envelopes foi adiada para a realização de uma nova pesquisa de mercado. No entanto, ele informou que o edital continuava mantido e que a abertura das propostas ocorreria entre segunda (12) ou terça (13).
Como a Prefeitura de Londrina não acatou a recomendação de suspender imediatamente a licitação dos kits escolares, a promotoria apresentou na quinta (8) uma ação de improbidade administrativa contra a administração de Barbosa Neto.
Para o secretário de Gestão Pública, Fábio Reali, a ação do MP é “impulsiva”, pois a administração não adquiriu nenhum kit escolar. “Não compramos absolutamente nada. Por isso, não aceito condenação antecipada”, afirmou. Segundo Reali, o edital está mantido “se deixarem”. “Não aceito despejo de material de qualidade mediana nas escolas municipais de Londrina. Na segunda ou terça, os envelopes com as propostas serão abertas.”Gazeta do Povo
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