sábado, 2 de abril de 2011

Novo conflito entre PM e estudantes

Depois de duas semanas, a Polícia Militar e estudantes voltaram a entrar em conflito na Zona 7 de Maringá. Os universitários acusam a PM de abuso de autoridade e violência gratuita na ação que começou no início da madrugada de sexta-feira, na Rua Paranaguá.
A área em frente ao bar Kanarinhu`s é tradicionalmente ocupada, nas noites de quinta-feira, por estudantes que acabam impedindo o fluxo normal de trânsito. O barulho constante gerou um histórico de reclamações dos moradores do bairro.
Braz Junior: tapa no rosto
A PM declara que estava no local com apenas uma viatura, para averiguar irregularidades num automóvel, quando policiais foram agredidos com bolinhas de gude jogadas por estudantes. A partir disso, convocou mais viaturas para restabelecer a ordem.
Durante a ação da polícia, todos os que estavam na calçadas da Rua Paranaguá, da altura do bar Kanarinhus até a Avenida Colombo, foram obrigados a se retirar, deixando a pista vazia para os policiais. Segundo universitários, no mínimo dez viaturas participaram da ação.

Daiane: parabéns à polícia
O estudante de administração da UEM, Braz Dourado Junior, afirma que um policial lhe deu um tapa no rosto enquanto andava pela calçada.

"Obrigaram-me a jogar o copo de cerveja fora, perguntaram o que eu estava fazendo ali. Quando respondi que estava conversando com um amigo, deram-me o tapa e me mandaram conversar na pqp", diz.
O capitão Rogelho Aparecido Fernandes, comandante da 1ª Companhia da PM, afirma que qualquer um que se sentiu agredido deve prestar queixa ao 4º Batalhão.
Caso seja constatado abuso de autoridade ou agressão, o policial será expurgado da corporação. "Não se pode falar que a PM agrediu, não pode haver generalização. E precisa haver denúncia oficial para apurarmos."
A psicóloga Daiane Gois, que mora na região e tem uma filha de um mês, aprova a ação dos policiais e diz que não se comove com as reclamações dos estudantes. "Eles não têm noção do que é o barulho; fiquei muito feliz com a ação da polícia e liguei para parabenizar."

Veridiana Garcia
Guimarães, 19,
estudante de
Física
"Temos que
chegar a um
senso comum.
Na sexta-feira
foi um absurdo
mandarem 10
viaturas só pelo
barulho."
Tatiane Oliveira
Santos, 23,
estudante de
Matemática
"Tratam o
estudante como
marginal. A
polícia quer
mostrar serviço.
Enquanto isso,
em 1 ano sofri
dois assaltos."
Walter Perdão,
63, professor
"É muito difícil.
O barulho é
demais; não há
respeito por parte
dos estudantes e
também não
há limite."
Otaíde de Paula
Oliveira, 81,
porteiro
"Na quinta-feira,
não há quem
durma. Os
estudantes não
são todos
culpados, mas o
problema do som
alto é demais."

  • André Simões/O Diario



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