sexta-feira, 15 de abril de 2011

Prefeitura do Rio anuncia indenização a famílias das vítimas de Realengo, mas não fala em valores

A Prefeitura do Rio de Janeiro informou nesta sexta-feira (15) que vai indenizar as famílias dos 12 alunos de 12 a 15 anos mortos no massacre da escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste da cidade, no último dia 7. O anúncio foi feito pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes, durante um evento nesta manhã na Cidade de Deus.Ainda não foram divulgados valores nem datas de pagamento das indenizações, cujos critérios, segundo a assessoria de imprensa de Paes, "serão jurídicos" e definidos "em acordo entre a Procuradoria do município e a defensoria pública".
Feridos
Segundo a Sesdec-RJ (Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro), permanecem internados, nenhum em estado grave --mas se previsão de alta --, cinco adolescentes sobreviventes do massacre.
De acordo com o último boletim da secretaria, J.O.S., 14, passa bem, está lúcido e orientado, no CTI (Centro de Terapia Intensiva) pediátrico do hospital Estadual Alberto Torres. O adolescente L.V.S.F., 13, respira sozinho, com quadro estável, e segue em observação permanente no pós-operatório de uma neurocirurgia. Ele e a adolescente T.T.M., 13, que tem quadro estável, está lúcida e orientada, estão no CTI pediátrico do hospital estadual Adão Pereira Nunes.
Em estado regular, E.C.A.A., 14, respira sem ajuda de aparelhos, está lúcido e continua internado no CTI do hospital estadual Albert Schweitzer. D.D.V., 12, evolui bem, em leito de enfermaria no mesmo hospital.

Entenda o caso

Na quinta-feira (7), por volta de 8h30, Wellington Menezes de Oliveira entrou na escola Tasso da Silveira, em Realengo, dizendo que iria apresentar uma palestra. Já na sala de aula, o jovem de 23 anos sacou a arma e começou a ameaçar os estudantes.
Segundo testemunhas, o ex-aluno da escola queria matar apenas as virgens. Wellington deixou uma carta com teor religioso, onde orienta como quer ser enterrado e deixa sua casa para associação de proteção de animais.
O ataque, sem precedentes na história do Brasil, foi interrompido após um sargento da polícia, avisado por um estudante que conseguiu fugir da escola, balear Wellington na perna. De acordo com a polícia, o atirador se suicidou com um tiro na cabeça após ser atingido. Wellington portava duas armas e um cinturão com muita munição.
Doze estudantes morreram --dez meninas e dois meninos-- e outros 12 ficaram feridos no ataque.
Na sexta (8), 11 vítimas foram sepultadas nos cemitérios da Saudade, Murundu e Santa Cruz. Já no sábado pela manhã, o corpo de Ana Carolina Pacheco da Silva, 13, o último a deixar o Instituto Médico Legal (IML), foi cremado no crematório do Carmo, no centro do Rio.UOL

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