quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Carcereiro e PM são presos sob acusação de vender celulares no minipresídio

Um carcereiro e um policial militar foram presos acusados de vender aparelhos de celulares para detidos da carceragem do minipresídio de Apucarana (a 65 km de Maringá) na última terça-feira (31).O delegado titular da 17ª Subdivisão Policial (SDP) , Valdir Abraão da Silva considerou como "irrepreensível" o trabalho da equipe de investigadores que culminou com a prisão de Osvaldo de Freitas Junior, que há dois anos atuava como auxiliar de carceragem na cadeia, e o soldado Luiz Edivaldo Gil, que atuava na guarda externa da unidade prisional, que deverão responder por corrupção passiva.
Conforme o delegado, a identificação da participação dos servidores no esquema que dava acesso aos aparelhos para os presos só foi possível graças à coleta minuciosa de evidências. "Há gravações de conversas telefônicas, em que fica evidente a participação do policial militar no caso", afirma. O delegado não descarta a possibilidade do envolvimento de outros servidores públicos no esquema.
Além da prisão do carcereiro e do soldado da PM (detido no 10º Batalhão de Polícia Militar), a Polícia Civil cumpriu ainda três mandados de prisão preventiva contra Paulo Roberto dos Santos, Nicanor Junior de Almeida e Alessandro Martiniano dos Santos. Todos são suspeitos de tráfico de drogas e corrupção.
Segundo as investigações, cada aparelho era negociado com os presos por valores de R$ 300 a R$500. Os carregadores eram vendidos por aproximadamente R$ 150. De acordo com a polícia, na residência do carcereiro foram apreendidos 14 aparelhos celulares de diversas marcas e modelos e 16 carregadores.
Drogas e celulares apreendidos nas duas últimas operações realizadas no presidio local vão servir como provas contra os suspeitos. O resultado do serviço de inteligência da polícia civil e dos depoimentos coletados dos demais auxiliares de carceragens e detentos também deverão compor o inquérito.
O carcereiro foi encaminhado à 17ª SDP, onde aguarda a decisão da Justiça, os outros suspeitos de participar da corrupção encontram-se no presídio local.O Diario

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