Há seis meses, um crime brutal chocou toda a região de Maringá. Numa tarde de domingo (17), a menina Beatriz Silva Pacheco Gonçalves, de 10 anos, estava nas proximidades da casa de parentes, no Conjunto Floresta, em Sarandi, brincando com um primo, quando um homem teria se aproximado e oferecido dinheiro para que a garota cuidasse de um cavalo. A garota sumiu e foi encontrada apenas no fim da manhã de segunda-feira, em um matagal próximo. Ela teria sido estuprada e esganada. Seu corpo foi encontrado nu, com diversas marcas de agressão.A crueldade contra uma criança inocente comoveu toda a região, que cobra, desde então, a prisão do assassino. Investigadores especializados de Curitiba foram designados para ajudar a solucionar o caso. Várias técnicas foram utilizadas, desde o detalhamento do material genético do acusado, encontrado no corpo de Beatriz, até sessões de hipnose em testemunhas, em busca de maiores pistas.
"Estamos pessoalmente empenhados no caso. Desde que o crime ocorreu
trabalhamos nos fins de semana, feriados, sempre em busca de novas pistas. Mais
de 250 homens já foram investigados, de Sarandi e outros municípios da região.
Chegamos a ir a Campo Mourão coletar de sangue de possíveis suspeitos", conta o
delegado de Polícia Civil de Sarandi, José Maurício de Lima.
Segundo o delegado, 56 homens tiveram o material genético coletado, para ser confrontado com o do assassino. "Desses, 48 deram negativo. Ainda estamos esperando os resultados que não foram concluídos, e ainda temos outros para enviar para o Instituto de Criminalística, em Curitiba, que realiza os exames", afirma.
A Polícia Civil estima que R$ 60 mil já foram gastos na investigação do caso Beatriz. "Mas isso não é importante. A Secretaria de Segurança não impôs limite de gastos. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para chegar ao criminoso", fala o delegado.
Após seis meses de investigação, o delegado diz que mudou sua opinião sobre a origem do assassino. "Antes acreditávamos que ele era de Sarandi, mas nós investigamos tantas pessoas, de forma tão detalhada na cidade, que seria impossível ele não ter sido descoberto se ele fosse daqui. Hoje acredito que seja uma pessoa que conheça Sarandi, mas que não resida no município", opina.
Mãe: "ódio e revolta"
Seis meses após a morte de sua filha, Érica da Silva resume seus sentimentos da seguinte forma: "raiva eu tenho muita, revolta então nem se fala". A data é ainda mais triste com a proximidade do Natal e do aniversário da menina, que completaria 11 anos no dia 27 de dezembro.
"A
cada dia eu fico mais triste. A impressão que tenho é que estão todos de braços
cruzados. Dizem que não têm estrutura, que fazem o máximo que podem, mas na
minha visão não estão se empenhando da forma como deveriam. Um crime desse não
pode ficar sem solução numa cidade tão pequena como Sarandi", acusa.
Erica diz que se apega em Deus para conseguir continuar sua rotina. "Peço todos os dias a Ele para me dar força e não desabar. Eu não quero estar no chão quando prenderem o assassino, eu quero olhar bem no rosto dele e estar firme", diz.
A mãe diz que cada novo dia é uma batalha, mas não pretende parar de lutar. "Acredito que alguém saiba quem foi o autor do crime, mas não fala. É necessário que essa pessoa denuncie, para colocar o bandido na cadeia", ressalta.
Exumação do corpo de suspeito
A Polícia Civil pode pedir nos próximos dias a exumação do corpo de um suspeito. "Ele teria morrido no decorrer das investigações. Não vamos dar nomes para preservar a família, mas posso adiantar que ele tem família na cidade, mas não morava em Sarandi. Era um homem de meia idade, com passagem por pedofilia, e que morre de forma natural", fala o delegado.
A exumação deve ocorrer apenas se os parentes de primeiro grau do suspeito se recusarem a fornecer material genético. "Com essa coleta conseguimos realizar o exame, mas se eles se recusarem, a exumação do corpo pode ser requerida"
Em agosto, o corpo de um outro suspeito também foi exumado do Cemitério Municipal de Sarandi. O homem teria morrido espancado, dias após o corpo da garota ser encontrado. O exame deu negativo.O Diario
Segundo o delegado, 56 homens tiveram o material genético coletado, para ser confrontado com o do assassino. "Desses, 48 deram negativo. Ainda estamos esperando os resultados que não foram concluídos, e ainda temos outros para enviar para o Instituto de Criminalística, em Curitiba, que realiza os exames", afirma.
O Diário/ Arquivo
"Raiva eu tenho muita, revolta então nem se fala", diz
a mãe de Beatriz, Érica Silva
A Polícia Civil estima que R$ 60 mil já foram gastos na investigação do caso Beatriz. "Mas isso não é importante. A Secretaria de Segurança não impôs limite de gastos. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance para chegar ao criminoso", fala o delegado.
Após seis meses de investigação, o delegado diz que mudou sua opinião sobre a origem do assassino. "Antes acreditávamos que ele era de Sarandi, mas nós investigamos tantas pessoas, de forma tão detalhada na cidade, que seria impossível ele não ter sido descoberto se ele fosse daqui. Hoje acredito que seja uma pessoa que conheça Sarandi, mas que não resida no município", opina.
Mãe: "ódio e revolta"
Seis meses após a morte de sua filha, Érica da Silva resume seus sentimentos da seguinte forma: "raiva eu tenho muita, revolta então nem se fala". A data é ainda mais triste com a proximidade do Natal e do aniversário da menina, que completaria 11 anos no dia 27 de dezembro.
Beatriz faria 11 anos no dia 27 de dezembro
Erica diz que se apega em Deus para conseguir continuar sua rotina. "Peço todos os dias a Ele para me dar força e não desabar. Eu não quero estar no chão quando prenderem o assassino, eu quero olhar bem no rosto dele e estar firme", diz.
A mãe diz que cada novo dia é uma batalha, mas não pretende parar de lutar. "Acredito que alguém saiba quem foi o autor do crime, mas não fala. É necessário que essa pessoa denuncie, para colocar o bandido na cadeia", ressalta.
Exumação do corpo de suspeito
A Polícia Civil pode pedir nos próximos dias a exumação do corpo de um suspeito. "Ele teria morrido no decorrer das investigações. Não vamos dar nomes para preservar a família, mas posso adiantar que ele tem família na cidade, mas não morava em Sarandi. Era um homem de meia idade, com passagem por pedofilia, e que morre de forma natural", fala o delegado.
A exumação deve ocorrer apenas se os parentes de primeiro grau do suspeito se recusarem a fornecer material genético. "Com essa coleta conseguimos realizar o exame, mas se eles se recusarem, a exumação do corpo pode ser requerida"
Em agosto, o corpo de um outro suspeito também foi exumado do Cemitério Municipal de Sarandi. O homem teria morrido espancado, dias após o corpo da garota ser encontrado. O exame deu negativo.O Diario
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