Uma chuva de cerca de 30 minutos que começou por volta das 20 horas
desta quinta-feira (6) interrompeu um ciclo de uma semana de calor em um
nível de intensidade que vem estabelecendo recordes para Maringá. Mas a
água não veio acompanhada somente de drástica redução na temperatura;
houve queda de árvores e postes, chuva de granizo, registros de pontos
de alagamento em várias regiões da cidade.
O cenário começou a mudar por volta das 17h30, com nuvens pesadas se
formando sobre a cidade. Desta hora até as 20h50, o Instituto Simepar
registrou queda de 17 ºC na temperatura; de 36 °C para 19°C.
Estragos
Rajadas de vento provocaram diversos danos na zona
norte de Maringá na noite de quinta. Ao menos oito casas foram atingidas
por árvores e, até o fechamento desta edição, os estragos ainda não
haviam sido dimensionados pela Defesa Civil.
O bairro mais atingido foi o Jardim Campos Elíseos, na região do
cruzamento das avenidas Tuiuti e Franklin Delano Roosevelt -, com
galhos e árvores caídos por toda as ruas. O bairro, que conta com sete
vias, fica entre o Parque Residencial Tuiuti, Conjunto Requião e
Conjunto Champagnat, que também registraram quedas de árvores.
A energia foi interrompida na maior parte daquela região. Ao menos
uma casa foi destelhada, e outras duas, atingidas por árvores. Na Rua
Rio Iguaçu, dois postes caíram com o peso das árvores na fiação.
Já na Rua Rio Vermelho, a pensionista Guilhermina Souza Francisco
teve toda a cobertura da casa, feita com telhas de amianto, destruída
por uma árvore. "Levai um susto, eu estava bem na sala na hora", disse,
apontando para o teto. A residência não tem forro e parte dos galhos
ficou dentro do imóvel.
Na Rua Samambaia, também no Campos Elíseos, o portão do aposentado
José Roberto dos Santos foi atingido por uma árvore, que cobriu parte do
quintal e chegou à garagem da residência, construída no fundo do
terreno.
Susto
O vento forte assustou os funcionários de um posto de combustível da
Avenida Tuiuti, no Parque Residencial Tuiuti. Uma das vigas de aço que
sustentam a cobertura ficou curvada, após a estrutura subir e descer com
o vento. "Achei que ia cair", disse um frentista.
Na mesma avenida, uma árvore caiu na esquina de um açougue, deixando
várias quadras sem energia. "A gente estava bem do lado quando caiu. Foi
uma correria", disse o açougueiro Anderson Carvalho.
Segundo a Defesa Civil, a remoção de todos os galhos e árvores deve
seguir até o fim de semana. A estimativa inicial era de que ao menos 150
homens tivessem que trabalhar durante toda a madrugada, entre
funcionários da Secretaria Municipal de Serviços Públicos, Secretaria de
Trânsito e Segurança, Corpo de Bombeiros e Copel.
"Tivemos que mandar buscar o pessoal em casa", diz o gerente de
riscos da Defesa Civil, Cláudio Parisotto. A chuva provocou ao menos um
acidente de trânsito: um ônibus da Viação Cidade Verde derrapou em uma
curva e atingiu uma árvore na Avenida das Indústrias, Jardim América, na
zona leste. Segundo o Corpo de Bombeiros, seis passageiros ficaram
feridos levemente e foram encaminhados para hospitais.
Calor intenso
O dia mais quente do ano foi quarta-feira, com os
termômetros marcando 37,6 °C. A média de temperatura em janeiro foi de
31,1 °C, pouco mais de um grau do que a média histórica para o mês na
cidade, de 29,7 °C.O Diario
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