‘Temos que abrir o Horto Florestal’, diz prefeito de Maringá

A recuperação e a abertura do Horto Florestal de Maringá à visitação sustentável tem o apoio do prefeito Carlos Roberto Pupin (PP). Ontem, na primeira vez que aceitou falar sobre o assunto, ele afirmou que há dinheiro reservado para as obras de drenagem das águas pluviais da reserva e que vai licitar a obra após a aprovação do plano de manejo e do projeto executivo em audiência pública, que vai ser realizada no dia 18 de abril.

"Temos que abrir o Horto Florestal. Se a iniciativa privada, que é a dona da reserva, quiser abrir para a comunidade estarei aqui como prefeito dando o maior apoio para que o horto seja aberto", afirmou.

Rafael Silva

Pupin: manifestação de apoio à reabertura do Horto Florestal

Pupin lembrou que há uma decisão judicial que precisa ser cumprida pela Prefeitura de Maringá e pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP) e, que além da vontade dos donos da reserva, a reabertura do horto, que está fechado à comunidade desde 2003, ainda depende de alguns trâmites legais.

Pupin garantiu que as obrigações do município, determinadas pelo juízo da 4ª Vara Cível, vão ser cumpridas. "Sentença não se discute, cumpre-se", disse. As obras de drenagem das águas pluviais, orçadas em R$ 3,8 milhões, são uma obrigação exclusiva do município e o prefeito garantiu que serão executadas. "Pretendemos fazer o gabião nos moldes que fizemos no Parque do Ingá, que é a forma menos agressiva ao meio ambiente", disse.

Pupin evitou falar em prazos para a abertura do edital de licitação e execução da obra. "O recurso já está reservado para esta obra; temos só que cumprir as etapas", disse em referência ao plano de manejo e à audiência pública, ocasião em que ele garantiu que o município vai defender a abertura da reserva pelos proprietários. "Vejo com bons olhos que seja aberto para a comunidade. E se a empresa entender que temos de ajudar, vamos ajudar", afirmou.

O prefeito descartou a possibilidade do município decretar a desapropriação da área e fazer qualquer indenização aos proprietários para tornar a reserva um local público. "Não compraria para termos mais uma área como o Parque do Pioneiros", considerou.

Ele também avaliou que existem muitas dificuldades para a prefeitura assumir a gestão sobre o funcionamento do horto. "Temos hoje o Parque do Ingá, por exemplo, com tudo pronto e não conseguimos achar uma pessoa que possa gerir", comparou.

Por ser uma área privada, o prefeito também fez questão de deixar claro que caberá aos proprietários decidirem, caso a reserva seja aberta, se haverá ou não cobrança de ingressos para visitar o Horto Florestal. "Seremos parceiros para abrir, mas a área não é da prefeitura. É a empresa que vai arbitrar se irá cobrar ou não pela entrada", disse.

‘JARDIM BOTÂNICO’
Carlos Roberto Pupin >> Prefeito

Na sua opinião, qual a melhor forma de gestão do Horto Florestal de Maringá. Uma parceria do poder público com a empresa, uma gestão exclusivamente pública ou a gestão por parte apenas da iniciativa privada?

Acho que a prefeitura não tem que se envolver na gestão. Acredito que a melhor alternativa seria a companhia passar para um terceiro explorar. Entendo que certos serviços não são inerentes ao poder público. O Horto Florestal vai ser muito 
melhor gerido nas mãos da 
iniciativa privada. 


Na audiência pública, marcada para 18 de abril, a Prefeitura de Maringá vai defender a reabertura do horto à visitação pública?

Com certeza. Vamos trabalhar para isto. Agora, veja bem. Sou favorável à abertura, mas isso depende única e exclusivamente dos donos do imóvel, que não é a prefeitura. 


Em sua avaliação, qual seria o melhor uso que poderia ser dado ao Horto Florestal de Maringá?

Acredito que o mais interessante seria criar um Jardim Botânico. A reserva precisa ter algum atrativo para ter a sustentabilidade da gestão garantida.No Parque do Ingá, por exemplo, recebemos de três a quatro mil visitantes por fim de semana. No horto, também precisaremos ter algum diferencial para atrair os visitantes.ODiario