Mesmo diante da resistência de setores do DEM de acatar um vice tucano para José Serra, o comando do PSDB quer insistir na tese da chapa puro-sangue ao mesmo tempo que busca blindar o candidato da crise com o principal aliado. Em São Paulo, o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), se encontra com a cúpula do DEM para tentar reverter a crise, deflagrada desde que os tucanos definiram o nome do senador Alvaro Dias (PR) para compor a chapa como vice de Serra.
"Nós trabalharemos para confirmar nosso candidato a vice. Isso é democrático e deve ser visto assim", afirmou Guerra. "Considero natural que o DEM tenha um ponto de vista diferente do nosso. Mas o que deve presidir o nosso roteiro é a preocupação com a vitória de Serra." O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), recebeu carta branca do partido para negociar uma solução política para a crise na aliança com o PSDB. Maia obteve aval até para romper a coligação com o PSDB em torno de Serra se considerar necessário.
Alvaro Dias (PSDB-PR), em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que para a homologação de seu nome "só falta o DEM concordar". Dias disse considerar naturais as resistências do DEM a sua escolha, mas alertou que caso sua candidatura à vice-presidência não seja homologada até amanhã, como determina a legislação, seu irmão e senador Osmar Dias (PDT) vai disputar o governo do Paraná. Um dos objetivos da indicação de Alvaro Dias foi retirar Osmar da corrida estadual paranaense, o que deverá criar dificuldades no Estado para a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff.
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