Jardim Liberdade pede mais segurança

Comerciantes do Jardim Liberdade, Zona Leste de Maringá, estão preocupados com a falta de segurança no bairro. Em um mês, houve arrombamentos, roubos e até assalto à mão armada. Só a petiscaria de Roberta Hasegawa Souto Maior, 27 anos, localizada na Avenida dos Palmares, foi invadida duas vezes em cinco dias.

Credito

Petiscaria, na Avenida dos Palmares, foi
invadida 2 vezes em 5 dias

O primeiro arrombamento ocorreu na madrugada do dia 27 do mês passado. O alarme do estabelecimento, conectado a uma empresa de monitoramento, tocou às 2h54. Roberta relatou que em menos de cinco minutos, os vigilantes chegaram ao local, mas os bandidos já haviam ido embora.

"Eles quebraram uma janela lateral, entraram, pegaram um televisor que estava em um suporte de parede, algumas garrafas de uísque e saíram. Foram tão rápido que deixaram todos os cabos do aparelho para trás", explicou.
A ousadia dos ladrões nem permitiu que a empresária repusesse o que foi roubado.

Cinco dias depois, na madrugada do dia primeiro deste mês, o alarme disparou às 3h17. Quebraram a janela no mesmo local, nada foi levado, mas alguns fardos de cerveja estavam estourados perto do vidro. "Parece que a pessoa estava aqui para roubar outra TV, mas não conseguiu e ia levar a cerveja, mas o fardo estourou, então ele deixou os produtos", avaliou.


Mão armada

A situação de Roberta ilustra o clima de insegurança no bairro. No centro comercial onde está localizada a petiscaria da empresária, no início do mês passado, uma loja de armarinho foi assaltada à mão armada. O proprietário de outro estabelecimento que não quis se identificar diz que a Polícia Militar demora muito a chegar quando é chamada. "Aí não resolve nada. Quando chegam aqui, os bandidos já estão longe", destacou.

No início de novembro, dois homens assaltaram um mercado no bairro. Eles estavam em uma moto preta. O garupa desceu, entrou, disse que estava armado e deu voz de assalto. O funcionário entregou o dinheiro que estava no caixa e a dupla fugiu rapidamente. Quatro dias depois, uma residência, na Rua Carlos Poppi, foi atingida por dez tiros de pistola 9 mm, de madrugada. O proprietário da casa, de 46 anos, não era reincidente.

O 4° Batalhão de Polícia Militar (BPM) informou que o patrulhamento ostensivo realizado no Jardim Liberdade é constante e está adequado. Quanto a um possível aumento de criminalidade no bairro, a PM adiantou que só poderá confirmar a questão após um estudo detalhado das ocorrências registradas no local.

BAIRRO ESTÁ VIOLENTO?

Eronildes Pastor da
Silva
Aposentado
60 anos

“Muito. Moro aqui há mais
de trinta anos e está cada
dia pior. Não podemos
dormir de preocupação,
temos que cuidar do que
é nosso e do que é dos
vizinhos também”

Antônio
da Silva
Comerciante
38 anos

“Sim. A gente fica com
medo de acontecer
alguma coisa em casa, no
trabalho, mas graças a
Deus nunca aconteceu
nada comigo. Antes era
mais tranquilo”

Cleide Maria Ferreira
Comerciante
47 anos

“Está feio. Já tentaram
assaltar a loja comigo
dentro. A Polícia Militar
passa de vez em
quando, mas não
adianta. Melhor seria
reativar o módulo policial”

Poliana Lisboa