Quatro policiais militares mortos em menos de uma semana na Grande Curitiba. Os crimes ainda são investigados, tanto pela Polícia Civil, quanto pela própria Polícia Militar – esta que nega haver qualquer relação entre os casos. Na maioria dos casos, os policiais estão fora de serviço e reagem a assaltos.
Na madrugada do último dia 18 – segunda-feira, o soldado Lara, do Batalhão de Operações Policiais Especiais, morreu no hospital depois de ficar 12 dias internado. Ele foi baleado ao reagir a um assalto em um estabelecimento comercial no bairro Fazendinha no começo do mês.
Na terça, dia 19, dois PMS assassinados em locais diferentes: o primeiro, Nilson Pinheiro da Veiga, morto no bairro Sítio Cercado. Cinco minutos depois, o policial James Wilson Camargo foi executado em Colombo.
- Policial Militar leva quatro tiros em confronto com criminosos fortemente armados
- Morre policial baleado durante assalto em Colombo
- Policial reage a assalto e é baleado em Colombo
Neste sábado (23) de madrugada, o soldado Newton Cesar Bittencourt Júnior, foi baleado na cabeça durante um assalto, também em Colombo. Os criminosos levaram o carro dele, mas abandonaram o veículo horas depois. O policial chegou a ser encaminhado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Além das mortes, um caso de agressão a PM também foi registrado no final de semana. Um soldado do 13º Batalhão acabou apanhando de bandidos e teve a pistola levada. O policial foi atendido pelo Siate e passa bem. Também no sábado, um guarda municipal de Curitiba fardado, a caminho do serviço, na Rua da Cidadania do Bairro Novo, foi abordado por dois bandidos de moto e teve a arma roubada.
O coronel Jorge Costa Filho, consultor em segurança, afirma que a legislação frágil viabiliza a violência nas ruas. “Os bandidos não tem mais medo de ir para o confronto com os policiais. Eles sabem que a Justiça não vai manter eles por muito tempo na cadeia”, protesta.
Por meio de nota enviada aos PMs, o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná lamentou as mortes.
Em um trecho da carta, o Coronel Maurício Tortato pede para que os agentes não criem “nos imbecis que navegam no crime a crença irreal de que conseguiram atingir [a corporação]” e que “não estimulem qualquer lenda de que [os bandidos] são fortes ou organizados, porque não passam de covardes dispersos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário