quinta-feira, 7 de abril de 2011

Médicos querem que planos paguem R$ 100 por consulta


Dos cerca de 1.600 médicos dos 22 municípios da área de abrangência do Conselho Regional de Medicina (CRM) de Maringá, cerca de 90% dos profissionais que atendem pelos planos de saúde vão aderir à paralisação nacional por reajustes dos honorários e suspender, hoje, consultas e procedimentos de pacientes com convênios.
Em linhas gerais, os médicos reivindicam que as operadoras repassem entre R$ 90 e R$ 100 por consulta. A informação é da Associação Médica do Paraná (AMP), que organiza a paralisação no Estado em conjunto com o Conselho Regional de Medicina (CRM) e o Sindicato dos Médicos do Paraná (Simepar).O valor condiz com o aumento de 92% exigido pela classe médica, que entre 2003 e 2009 teve reajuste de 44% nas consultas. O mínimo aceitado pelos médicos, segundo a AMP, seria os R$ 60 recomendados pela Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), editada em 2010 pela Associação Médica Brasileira (AMB). A reclamação das entidades que organizam a "greve de um dia" é de que cerca de 90% das operadoras ainda utilizam tabela de 1992.
Os médicos alegam que as operadoras tiveram 129% de aumento no faturamento entre 2003 e 2009. A soma passou de R$ 28 bilhões para R$ 65,4 bilhões. Nesse espaço de tempo, os honorários médicos, que representavam 40% dos gastos das operadoras, hoje corresponderiam a 18%.Maringá
O presidente do Sindicato dos Médicos de Maringá, Sérgio Butwiser, diz que nem no cenário mais favorável a CBHPM é respeitada pelas operadoras que atuam na cidade. Butwiser conta que os preços praticados variam de um plano para outro e atingem, no máximo, metade do que a AMP julga ser ideal por consulta. "A grosso modo, em Maringá vem se pagando de R$ 20 a R$ 50 por consulta médica em consultório", diz.
Luiz Fernando Cardoso

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