quarta-feira, 16 de março de 2011

Radares rendem mais de R$ 7 milhões por ano à Prefeitura de Maringá


A prefeitura de Maringá arrecada cerca de R$ 7 milhões por ano com multas aplicadas com auxílio dos radares. A informação foi divulgada pelo diretor de engenharia de tráfego da Secretaria dos Transportes (Setran), Gilberto Purpur. As infrações de trânsito são flagradas por 40 radares espalhados pela cidade, sendo vinte de velocidade. Já a outra metade dos equipamentos é referente aos aparelhos de fiscalização de avanço de sinal.
Dados do Setran apontam que são aplicadas em média 4,8 multas diárias por equipamento. De acordo com Purpur, o valor ganho com as multas é totalmente investido no trânsito da cidade. “A instalação do Sistema Binário na área central foi feita com recursos gerados com as aplicações de multas”, explicou. O diretor de engenharia ressaltou que todo o processamento de dados é feito pela Setran, que aluga os radares de duas empresas: a Eletrosinal, de Maringá e a Suprema, de Ponta Grossa, que também realizam a manutenção dos radares. Segundo o diretor de tráfego, o município desembolsa R$ 1,4 mil mensais por faixa monitorada.
Purpur afirmou que nenhuma das empresas fornecedoras dos radares está entre as denunciadas pelo programa “Fantástico” (da Rede Globo) do último domingo (13). A reportagem apontou o envolvimento de uma série de empresas da área em esquemas de manipulação de licitações. Três das empresas citadas são de Curitiba e região metropolitana, onde inclusive prestam serviços. “Diferente de Curitiba, todo processamento dos dados é feita pela Setran. As empresas apenas fornecem os aparelhos e a assistência”, explicou.
Vereadores querem analisar editais
Diante das denúncias feitas pelo Fantástico, vereadores do grupo de oposição querem analisar os editais de licitação. Esta semana, Mário Verri (PT) apresentou um requerimento solicitando informações sobre o contrato firmado com as empresas que instalaram os radares. “Não existe pré-julgamento de nada. Apenas queremos analisar os processos para depois tomar alguma decisão”, explicou.Gazeta do Povo

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