sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Avenida Colombo só terá comércio de apoio

Com a transformação de parte da Avenida Colombo (trecho urbano da BR-376 em Maringá) em área residencial, a administração municipal passou a liberar alvarás para a região somente para empreendimentos comerciais de apoio a moradores, como padarias, mercados e lojas. Atividades chamadas impactantes, como oficinas e boates, não vão mais ser aceitas na avenida.
As regras foram apresentadas em audiência pública realizada ontem pela Prefeitura de Maringá. Na reunião com a comunidade, as dificuldades para se conseguir alvará e a possibilidade de redução de clientes foram as principais queixas de comerciantes e prestadores de serviços instalados na avenida.
Desde a publicação da Lei Complementar 888/2011, em 29 de junho, o trecho da Colombo entre as Avenidas Tuiuti e Rua Vereador Arlindo Planas (eixo A) é residencial, e a possibilidade da instalação de novas atividades comerciais está sendo regulamentada. Os impedimentos só surtem efeito em novos empreendimentos.
O projeto da prefeitura prevê a transformação da Colombo em boulevard após a entrega, em 2013, do Contorno Norte, o que deve desviar o fluxo de veículos pesados para fora do perímetro urbano. Por "boulevard" entende-se uma via ampla e arborizada.

Avenida Colombo; desde julho, comércio impactante está proibido
No boulevard serão permitidos comércio e prestação de serviços como padarias, lojas, supermercados, concessionárias e escritórios de profissionais liberais. Novas indústrias, oficinas mecânicas e casas noturnas terão o alvará negado. "Apenas a mudança de CNPJ, com a incorporação de novas atividades, por exemplo, não será permitida, por exigir um novo alvará", explicou o secretário municipal de Planejamento, Walter Progiante.
Entre os comerciantes locais, muitos deles com oficinas mecânicas e autopeças, a garantia de que vão poder continuar na Colombo é um alívio, mas somente em parte. A preocupação de alguns é que a limitação do tráfego de caminhões na avenida após a liberação do Contorno Norte reduza o movimento de clientes.
Para Progiante, a tendência é que aos poucos esses comerciantes deixem o local e se instalem na rodovia. "As mudanças são benéficas a toda população de Maringá e foram aprovadas em uma audiência anterior. Não podemos prejudicar a coletividade por interesses individuais", alegou.
A mudança no perfil da Colombo tem dado dor de cabeça a alguns investidores que alugaram imóveis no local. É o caso do dono de uma casa noturna, que precisou deixar o prédio em que o empreendimento estava instalado e alugou outro por R$ 7 mil mensais na Colombo. Depois de gastar mais de R$ 150 mil na reforma e três aluguéis, ele foi surpreendido quando soube que a mudança de endereço do alvará foi negado.
Progiante declarou que cada caso será avaliado individualmente. "Posso afirmar que esta pessoa da boate só foi atrás da autorização após locar e investir no imóvel. Eles não nos procuraram antes, apresentando projeto de reforma e estudo de impacto de vizinhança. Caso tivessem, saberiam da proibição em vigor desde julho", disse.

COMÉRCIO PERMITIDO NA AVENIDA
3 concessionárias
3 lojas de móveis
3 lojas de decoração
3 antiquários
3 vidraçarias
3 lojas de tecidos
3 galerias de arte
3 lojas de brinquedos
3 livrarias e papelarias
3 floriculturas
3 lojas de confecções
3 lojas de ut. domésticas
3 magazines
3 shoppings e supermercados
3 confeitarias e panificadoras
3 fiambrerias
3 óticas e joalherias
3 perfumarias
3 adegas
3 lojas de artigos eletrônicos
3 restaurantes e cafés
3 hotéis
3alfaiatarias
3 academias de ginástica
3 teatros e cinemas
3 lojas de telefonia celular
3 agências postais
3 agências bancárias
3 agências de viagem
3 locação de veículos
3 postos de combustíveis
3 escolas de línguas
3 escolas
3 salões de eventos
3 casas lotéricas
3 salões de beleza
3 videolocadoras
3 lavanderias e tinturarias
3 escritórios prof. liberais
3 imobiliárias

O Diario

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