sexta-feira, 30 de julho de 2010

Sindicância que apura denúncia contra secretário ouve peça-chave nesta sexta

O último empresário que ainda não prestou esclarecimentos é o mais citado nas gravações. Por isso, relatório só será fechado depois desse depoimentoA sindicância instaurada na Prefeitura de Maringá para apurar denúncias de irregularidades na concessão de barracões industriais do Programa de Desenvolvimento Econômico (Prodem) deve ouvir um empresário considerado peça-chave para o esclarecimento da situação, nesta sexta-feira (30). Se o depoimento realmente ocorrer, o relatório final também deve ficar pronto nesta sexta.

De acordo com o procurador jurídico, Luiz Carlos Manzato, esse é único empresário que ainda não apresentou uma versão para o caso, mas o nome dele é citado várias vezes nas gravações entregues pelo denunciante, Devanir Almenara. Dessa forma, a conclusão da investigação depende desse depoimento e o relatório não será finalizado sem esses esclarecimentos.
O alvo das denúncias é secretário da pasta do Desenvolvimento Econômico, Valter Viana, que colocou o cargo à disposição até que a investigação seja concluída.

Diante das denúncias, foi o próprio Viana quem pediu a abertura da sindicância. As acusações dão conta de que o empresário Almanara não teria sido atendido satisfatoriamente no seu pedido de ocupar um barracão industrial. De acordo com a prefeitura, o empresário alega possuir gravações e documentos que apontam as irregularidades na cessão de terrenos industriais.
Manzato disse que todos os empresários que já foram ouvidos dizem que nunca foi exigido pagamento de propina, como alega Alemara, e que também não efetuaram pagamentos. Assim, nada de novo foi descoberto com esses depoimentos.
O último empresário, que ainda não compareceu, se comprometeu em conversar com a comissão de sindicância, mas como ele não tem obrigação de se apresentar, o depoimento demorou a ser marcado. “Ele disse que estava disposto e estamos no aguardo. É uma pessoa que foi citada várias vezes”, justificou o procurador.
Almenara também prestou depoimento e apresentou as gravações que alegava ter, mas de acordo com Manzato, o material estava editado e não era contundente.
Viana garante que as denúncias são infundadas, e por isso está tranquilo quanto à sindicância. “A gente não tem sangue de barata. Há dois meses ouço essas insinuações de irregularidades na minha secretaria e por isso resolvi encaminhar esse ofício”. De acordo com o próprio Viana, as acusações são de que haveria pagamento de propina para ele para funcionários vinculados à pasta para que houvesse a liberação do barracão.


Ação judicial
Confiante na legalidade dos atos da secretaria, Viana disse que vai processar Almanara, caso as denúncias se comprovem inverídicas. “Ele vai ter que provar em juízo o que tem dito na cidade”. Viana disse acreditar que as acusações têm caráter político, já que também atingem um ex-secretário da administração que agora é candidato a deputado estadual.
A reportagem telefonou para Almenara, mas o telefone do empresário encontrava-se desligado, bem como o celular de seu advogado, Hosine Salem.
Gazeta do Povo

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