terça-feira, 22 de março de 2011

Suspeita de fraudes em concordatas traz CPI das Falências a Maringá

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Paraná (ALP) que investiga concordatas fraudulentas ouvirá pessoas em Maringá, no início da noite desta terça-feira (22). De acordo com o presidente da CPI, o deputado estadual Fábio Camargo (PTB), há indícios de irregularidades da ordem de R$ 250 milhões no município.
O consultor técnico da CPI, Jorge Augusto Dervicher Casagrande, afirmou que o maior caso de Maringá é o da antiga empresa Dudony. Entre as pessoas que serão ouvidas está um dos empresários responsáveis e alguns credores que não receberam. O caso de outras empresas, que Casagrande não especificou, também serão verificados.As pessoas convocadas prestarão esclarecimentos na Câmara Municipal de Maringá. Além do presidente da comissão, outros seis deputados participarão da reunião. Camargo afirmou que, se for necessário, reforço policial pode ser solicitado. “Se houver resistência por parte de algumas pessoas que queremos ouvir, poderemos acionar o apoio da polícia”, disse.
A CPI, a primeira itinerante da Assembleia, já passou no início da semana passada por Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde foi necessário o apoio policial.
Depois de Maringá, a comissão passará por Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Ponta Grossa e Curitiba.
O resultado da investigação será repassado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Tribunal de Justiça (TJ) do Paraná.
A CPI, cuja primeira reunião ocorreu no dia 28 de fevereiro, deve durar, a princípio, 120 dias, podendo ser estendida por mais 90 dias. Ainda assim, o tempo pode ser estendido, com autorização judicial. "É uma investigação que terá impacto nacional", afirmou Casagrande.
Estado deve reaver dinheiro com CPI
O consultor técnico da CPI, Jorge Augusto Dervicher Casagrande, afirmou que, preliminarmente, prevê-se que o estado recupere cerca de R$ 2 bilhões nos próximos três anos, dependendo do andamento da investigação.
"Os trabalhadores de empresas que decretaram falência têm prioridade para receber o acerto", explicou. "Na sequência, vem o fisco e os credores."Gazeta do Povo

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