terça-feira, 12 de julho de 2011

Em Francisco Beltrão, Dilma promete incentivo e garantia de preço mínimo a pequenos agricultores

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira, oficialmente, em Francisco Beltrão (a 450 km de Maringá, sudoeste do Paraná) o Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/12. A solenidade, que reuniu mais de cinco mil produtores da região no sudoeste do Estado, foi simbólica já que os recursos, cerca de R$ 16 bilhões, destinados ao custeio da safra, já estavam à disposição dos produtores desde o dia 1º de julho, na rede bancária.Dilma iria fazer o lançamento oficial do Plano Safra no início do mês em Francisco Beltrão, mas devido às chuvas a solenidade foi adiada para hoje . Para não atrasar a vida dos agricultores, a presidente optou por liberar os recursos e manteve a visita à cidade.Desde cedo, cerca de cinco mil pessoas, a maioria produtores rurais formavam filas na entrada do centro de eventos do parque de exposições da cidade, para tentar entrar no recinto e ver a presidenta. O clima, na cidade e na região era de festa. Quase 100 prefeituras de pequenos municípios do sudoeste do Paraná e noroeste de Santa Catarina decretaram ponto facultativo, liberando os funcionários para acompanhar a visita. Prevista para começar às 11 da manhã, a solenidade teve inicio com a chegada da presidente, às 12h46. Dilma estava acompanhada pelo ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman, do Governador Beto Richa, entre outras autoridades dos governos Federal e Estadual, e foi recepcionada com aplausos e gritos de "Dilma", "Dilma". Apesar de fora de época, o clima era de palanque eleitoral e a presidente fez questão de frisar que estava em Francisco Beltrão para agradecer e mostrar que esta cumprindo compromisso feitos em campanha.
"Venho aqui reconhecer que vocês e suas organizações, como movimentos, sindicatos e cooperativas são os responsáveis pelas transformações que nosso país vem vivendo. O Brasil precisa do esforço de vocês para continuar neste caminho. Assinei aqui decretos que vão desburocratizar e facilitar a vida dos pequenos agricultores e também, um compromisso particular, que assumi com vocês durante a campanha, que é a de facilitação dos serviços públicos e do acesso à casa própria. O Plano Minha casa Minha Vida 2, além de liberar recursos também para reformas, também vai contemplar a construção de casas em áreas rurais", frisou.
Brasil sem Miséria
O principal foco do lançamento do Plano Safra em Francisco Beltrão foi o Plano Brasil sem Miséria, centro da política social de Dilma Rousseff. O primeiro dos alvos é o reforço da produtividade na ponta mais desenvolvida da cadeia. O segundo é o aumento da produção entre agricultores cujo desenvolvimento econômico esteja mais fragilizado. A previsão é de que 750 mil famílias rurais que têm uma renda per capita inferior a R$ 700 por mês passem a receber mais incentivos para venda e transporte da produção, além de ajuda com sementes e insumos.
"A agricultura familiar tem sido responsável por um feito extraordinário em nosso país. Esse feito foi a redução da desigualdade social", afirmou Dilma Rousseff. Ela disse considerar que os pequenos produtores, responsáveis por 70% dos alimentos no Brasil, são um sinônimo de qualidade e de saúde para a população. "O Brasil deve se orgulhar muito de seus agricultores familiares, seus produtores e exportadores mundiais de alimentos."
Além dos R$ 16 bilhões já liberados (e a presidente disse que se precisar, libera mais), houve uma redução geral dos juros para crédito a produtores rurais, os limites de crédito e os prazos de pagamento também foram ampliados.
"O governo assume com vocês o compromisso de que se houver necessidade de mais recursos, eles estarão disponíveis", acrescentou. Segundo a presidente, para agroecologia, por exemplo, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) passa a ter um teto de R$ 130 mil, contra R$ 50 mil no plano do ano passado. Cresceram também as linhas de financiamento para o semiárido, para assentamentos agroflorestais e para a agroindústria familiar.Edmundo Pacheco

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