terça-feira, 25 de junho de 2013

Dilma quer corrupção como crime hediondo e plebiscito para reforma política

Carolina Martins, do R7, em Brasília, com Reuters
Em reunião com governadores, prefeitos, Michel Temer e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, Dilma pede combate à corrupçãoFabio Rodrigues Pozzebom/24.04.2012/ABr
A presidente Dilma Rousseff convocou nesta segunda-feira (24) os prefeitos e governadores a fazerem um pacto por uma "ampla e profunda" reforma política, em resposta aos protestos que tomaram as ruas do País nas últimas duas semanas. A presidente propôs tornar a corrupção um crime hediondo e sugeriu um plebiscito que autorize uma Constituinte para fazer a reforma política.
A reforma política faz parte de um pacote de cinco pactos proposto por Dilma com os governadores e prefeitos — os outros estão ligados à responsabilidade fiscal, saúde, transporte e educação.
O povo nas ruas está dizendo que quer serviço público de qualidade, disse a presidente, acrescentando que o País precisa de mecanismos mais eficientes de combate à corrupção. Segundo Dilma, está na hora de a população dar sua opinião por meio de um “plebiscito popular” para fazer a reforma política.  
— É necessário que nós tenhamos a iniciativa de romper o impasse. Quero propor o debate sobre a convocação de um plebiscito popular que autorize o funcionamento de um processo constituinte específico para fazer a reforma política que o País tanto necessita. O Brasil está maduro para avançar e deixou claro que não quer ficar parado onde está. 
Dilma quer que a corrupção em todas as esferas de governo seja punida com mais rigor. A proposta de Dilma é transformar a "corrupção dolosa [quando há intenção] como crime hediondo", com penas mais severas. 
— Devemos ter prioridade ao combate da corrupção de forma mais contundente, embora isso já esteja sendo feito. [...] Todas as esferas administrativas devem se esforçar para agilizar a Lei de Acesso à Informação. 
Durante o discurso, a presidente também prometeu repassar mais verbas para os transportes nas grandes cidades. A presidente cobrou dos governadores e prefeitos presentes um "salto de qualidade no transporte público" e sugeriu mudar as matrizes, com a ampliação da malha metroviária.
— Decidi destinar mais R$ 50 bilhões para novos investimentos em obras de mobilidade urbana. [...] Tenho certeza de que, nos últimos anos, o Brasil tem recebido grandes investimentos em transporte urbano.[...] Nosso pacto deve assegurar participação da população no contexto político dos transportes.
Mais cedo, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, conversou com a imprensa a respeito da reunião que teve com a presidente e integrantes do MPL (Movimento pelo Passe Livre). Ribeiro admitiu que a malha de transportes urbanos tem problemas e que a qualidade dos serviços precisa melhorar.
— A qualidade de serviço precisa necessariamente melhorar. Nossa qualidade é muito deficiente. Outra questão é que há 30 anos não se investia em mobilidade urbana no País. Isso começou em 2011.R7

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