quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Mulher ferida por bagre é operada e levada para UTI em estado grave

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Do G1 Santos
Mulher teve infecção na perna após pisar em saco de lixo com bagre morto (Foto: G1)Mulher teve infecção na perna após pisar em saco de lixo com bagre morto (Foto: G1)
A mulher de 44 anos que sofreu um ferimento na perna direita causado por um "ferrão" do peixe bagre passou por uma cirurgia de vascularização, na madrugada desta quarta-feira (13), no Hospital Irmã Dulce, em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
A vítima ainda corre o risco de ter a perna amputada. Ela está internada na Unidade de Terapia Intensiva do hospital, onde ainda passará por novos exames e seguirá com o tratamento.
A mulher foi atendida na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade no domingo (10) e retornou ao local na madrugada da última terça-feira (12).
No fim de semana, a cidade já havia registrado outros dois casos semelhantes. Em um deles, uma banhista ficou com o peixe preso na região da barriga. Menos de dois dias depois, uma outra jovem foi atingida no cotovelo.
Segundo o diretor clínico da UPA de Itanhaém, Carlos Alberto Alonso Filho, o caso considerado mais grave é o da mulher de 44 anos. No entanto, apesar da infecção clara, o médico pondera que é precipitado falar em amputação da perna. A identidade da vítima não foi revelada.
"Ela chegou de madrugada na unidade e disse aos enfermeiros que havia pisado em um saco de lixo onde tinha um bagre. Realmente o ferrão do peixe estava no pé dela e foi retirado. Como a mulher também teve contato com o lixo, houve uma infecção e causou erisipela [infecção na pele causada por bactéria] quase até a coxa. Não posso afirmar que haverá amputação. É muito precipitado. Ela tomou medicamentos e está sendo acompanhada", tranquilizou.
Local onde ocorreram os acidentes
Especialistas
Os casos envolvendo bagres preocupam moradores e turistas, mas o biólogo Alexandre Pires Marceniuk, especialista em peixes marinho-estuarinos, não vê motivo para pânico. Em entrevista ao G1, na última segunda-feira (11), o biólogo afirmou que a espécie não ataca humanos e que, no momento do acidente, os animais provavelmente estavam mortos.
As regiões de Itanhaém onde os acidentes aconteceram são próximas e marcadas pelo encontro do rio com o mar.
O biólogo aconselhou os banhistas que frequentam as praias a ficarem atentos, já que os espinhos podem causar graves ferimentos. "É como se fosse um anzol. Ele entra fácil e é muito difícil de sair. Os ferrões causam uma infecção. Se alguém puxar o espinho vai ser pior, ainda mais porque pode causar uma dilaceração. Tem que ir ao médico de qualquer jeito", afirmou.
Peixe ficou preso na região da barriga da banhista em Itanhaém, SP (Foto: Marcelo Araújo Tamada / Arquivo Pessoal)Peixe ficou preso na região da barriga da banhista em Itanhaém (Foto: Marcelo Araújo Tamada/Arquivo Pessoal)

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