quinta-feira, 1 de julho de 2010

COVARDIA

Em Maringá, uma mulher é agredida a cada 4 horas


Uma mulher é agredida em Maringá a cada quatro horas. Apesar de a Delegacia da Mulher ter recebido 1.233 queixas de violência verbal e física no primeiro semestre do ano, a minoria das denunciantes faz representação criminal do agressor. Por causa disso, o companheiro normalmente volta a ameaçá-la.

No Centro de Referência da Violência contra a Mulher, entidade que acolhe vítimas de agressões, os casos de insultos chegaram a 664 neste ano. A maioria das ofensas envolve violência física e não escolhe idade e profissão.

A advogada e gerente da entidade, Maria Cecília Esteves Rosa, conta que já foram atendidas mulheres de 18 a 70 anos. São estudantes, domésticas, donas de casa, professoras e funcionárias públicas. "Uma delas estava casada há 42 anos e resolveu denunciar o marido só agora", cita.

O Centro acolhe as vítimas de violência, dá orientação jurídica, médica e psicológica. A equipe ouve, acolhe e pergunta até onde a mulher quer levar o caso. Se ela estiver correndo risco de morte, vai para um abrigo.

Ela permanece na casa até que as medidas protetivas sejam emitidas e o agressor seja preso. A casa tem capacidade para acolher até 20 mulheres e 40 crianças. Hoje, uma mulher está sob proteção.

Nenhuma das três vítimas da fúria de ex-namorados nesta semana em Maringá, como noticiou ontem O Diário, procurou ajuda no Centro ou registrou queixa na delegacia. Para a secretária da Mulher, Terezinha Pereira, denunciar faz toda a diferença no desenrolar do caso.


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