quinta-feira, 22 de julho de 2010

Empresário suspeito de matar o pai é investigado por outras 6 mortes



O atual proprietário do restaurante Rei do Bacalhau, na Ilha do Governador, no Rio, Antônio Fernando da Silva, suspeito pela morte do pai adotivo, também é investigado por outras seis mortes. Ele foi preso por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca) na manhã desta quarta-feira (21), em sua casa, no mesmo bairro.
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Segundo a polícia, ele teria encomendado as outras seis mortes para encobrir o crime e fraudes. Na casa dele, os agentes encontraram símbolos religiosos e vão investigar a prática de magia negra.
Os restaurantes de comida portuguesa Rei do Bacalhau são famosos no Rio. O português Plácido Nunes, de 75 anos, era o fundador e pai adotivo de Antônio Fernando. Ele apareceu morto estrangulado em casa há 3 anos. Antônio herdou o primeiro restaurante da rede.

No começo deste ano, o gerente do restaurante foi morto numa suposta tentativa de assalto. Ao investigar o caso, a polícia descobriu que a morte do gerente e de Plácido Nunes teriam sido encomendadas pela mesma pessoa.

Segundo as investigações, Antônio pagou a um homem para matar o pai. Mas depois começou a ser chantageado pelo criminoso. Ele então teria contratado outro criminoso para matar o primeiro assassino. Depois, ainda de acordo com a polícia, Antônio encomendou a morte de mais duas pessoas para quem ele contou ter matado o pai: o advogado dele e um pai de santo.
Meses depois também foi morto um policial que investigava o caso. Ainda de acordo com a polícia, Antônio também teria mandado matar um garçom e o gerente, que desconfiavam de desfalques no restaurante. O acusado de assassinar o gerente também foi preso nesta quarta-feira (21).
Depoimento
Antônio prestaria nesta quarta-feira um depoimento à Justiça como testemunha no caso do assassinato do pai. Como se transformou no principal suspeito do crime, a audiência foi cancelada. Com a morte do pai, Antônio se tornou o beneficiário de uma previdência privada de R$ 8 milhões, e estava recebendo R$ 36 mil por mês.

“O motivo inicialmente é dinheiro, financeiro. Ele queria ficar com os negócios do pai. Enfim, matou ele e depois foi matando todas as pessoas que sabiam de alguma coisa”, disse o delegado Rafael Willis, responsável pelas investigações.

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