quarta-feira, 21 de julho de 2010

Mulheres passam por transtornos de estresse mais tarde que os homens


As mulheres se tornam mais vulneráveis ao transtorno do estresse pós-traumático, conhecido pela sigla TEPT, entre os 51 e os 55 anos de idade, ao contrário dos homens, que correm um risco maior de sofrer do problema entre os 41 e 45 anos. A informação é de um estudo publicado pela revista científica Annals of Geral Psychiatry.

O TEPT é um transtorno psicológico que é consequência da exposição a um acontecimento traumático que envolve dano físico ou emocional. A reação emocional grave a um trauma psicológico extremo pode ser apresentada, inclusive, muito tempo depois do episódio.

Ask Elklit e Daniel Ditlevsen, da Universidade do Sul da Dinamarca e da Universidade Odense, do mesmo país, analisaram os dados de 6.548 participantes de estudos anteriores sobre a doença. Eles tentaram determinar os riscos do TEPT em relação aos diferentes períodos da vida. No artigo, os pesquisadores dizem que "homens e mulheres mostram diferenças na distribuição por idade da prevalência do TEPT".

– A duração média da vida humana foi aumentando no Ocidente durante mais de 200 anos e agora supera em muito os 54 anos. Portanto é razoável que se inclua uma gama de idades mais amplas quando se calcula a distribuição do TEPT entre os homens e as mulheres.

Na União Europeia, os homens têm agora uma expectativa de vida de aproximadamente 76 anos e as mulheres, de quase 82 anos.

Os homens e as mulheres também mostram diferenças nos aspectos biológicos do desenvolvimento cerebral, e por isso, as diferenças no desenvolvimento da conduta ao longo da vida podem influenciar na maneira como eles respondem às exposições ao estresse.

Segundo os pesquisadores, foi determinado que o gênero é um fator biológico na vulnerabilidade ao estresse. O estudo faz referência a outros estudos que indicam que, apesar de as mulheres estarem menos expostas a eventos potencialmente traumáticos, elas desenvolvem o TEPT mais que eles. Outras pesquisas descobriram que a prevalência do transtorno nas mulheres é duas vezes maior que nos homens.

r7

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