terça-feira, 27 de julho de 2010

Semáforo sequencial de Maringá pode se tornar obrigatório em todo o país

Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Código Brasileiro de Trânsito (CBT) está prestes a ganhar cerca de 50 novas emendas e modificações. Uma delas é a de tornar obrigatória a utilização dos semáforos temporizados ou sequenciais. O sistema de luzes temporizadas mais comum disponível atualmente é invenção de um maringaense e é usado com bastante sucesso na cidade. Mesmo assim, a proposta também deve ser uma das mais polêmicas entre as que serão votadas, já que não há consenso sobre os riscos e vantagens do sinal que avisa ao motorista quando vai ficar vermelho.

Até agora, nem especialistas e nem os técnicos de trânsito que já experimentaram o sistema concordam sobre as vantagens do sistema de semáforos temporizados. As divergências são quanto ao comportamento dos condutores e ao número do acidentes provocados em vias regidas pelo equipamento.
Enquanto que Maringá caminha para universalizar o semáforo sequencial, Curitiba experimentou, não gostou e abandonou o sinaleiro. Dos 11 faróis do gênero instalados na Avenida Comendador Franco (Avenida das Torres), na capital, a Urbs – Urbanização de Curitiba S/A só mantém três. O argumento para o recuo, de acordo a diretora de trânsito Rosangela Battistella, é o crescimento de 53 % nos acidentes na via.
Os registros vistos em Maringá, contudo, mostram justamente o contrário. Números da 4ª BPM indicam que na época em que a novidade foi aplicada com pioneirismo na cidade, as colisões caíram drasticamente. Cruzamentos com grande fluxo de veículos, como o da Avenida Colombo com a Avenida São Paulo, por exemplo, que teve retração de 57 para 25 acidentes, entre 1993 e 1994. De acordo com o engenheiro de tráfego da Secretaria de Transportes de Maringá, Gilberto Purpur, atualmente apenas 10% dos sinaleiros no município não são temporizados.
Purpur inclusive é um grande defensor do sistema que foi inventado na Cidade Canção. “Sempre que trocamos tivemos redução no número de acidentes, e quando eventualmente colocamos um semáforo convencional, o pessoal reclama”, garante.
Gazeta do Povo

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