segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um terço da conta de luz vai para os cofres do governo

A direção da Copel tentou justificar o fim do desconto de 12,98% sobre as tarifas de energia elétrica – que combinado com o reajuste já autorizado pela Aneel, vai resultar em um aumento acumulado de 15% no bolso do consumidor – alegando necessidade de capitalização para garantir os investimentos da companhia. O problema é que com o lucro de R$ 1 bilhão que a estatal teve em 2009, fica difícil acreditar nessa justificativa. O fato é que um dos maiores beneficiados pelo aumento é o governo do Estado. Quase um terço do que se paga na conta de luz vai diretamente para os cofres do Executivo, na forma de ICMS. O imposto cobrado sobre energia elétrica, combustíveis, bebidas e cigarros representa o “grosso” da arrecadação do Estado. O dinheiro extra facilitará a vida do governador Orlando Pessuti (PMDB) nesse fim de mandato, permitindo que ele realize obras e promova o pagamento de reajustes salariais de categorias importantes como os policiais civis e militares. Garantia de que Pessuti poderá deixar o cargo com capital político para novos vôos.

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