A mudança, que dá preferência a pacientes em estado grave, será anunciada pela superintendência do hospital, na manhã de hoje, em entrevista coletiva. Com a novidade, o HU passa a seguir a Política Nacional de Humanização (PNH) adotada pelo Ministério da Saúde.
A partir da zero hora desta quarta-feira, pacientes classificados pela cor vermelha, que sinaliza emergência, serão atendidos assim que derem entrada no hospital. Também de acordo com o projeto Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), pacientes "amarelos" vêm em seguida na ordem de atendimento. Sem urgência, "verdes" cedem vez aos casos mais graves e quem for taxado como "azul" será orientado a buscar atendimento em uma Unidade Básica de Saúde.
Com uma média de 90 atendimentos por dia, quase três vezes mais que a capacidade de 31 leitos do HU, a medida vai ajudar a organizar o fluxo de pacientes. "O que vamos fazer é organizar o fluxo de modo a não atender mais por ondem de chegada, mas pela gravidade de cada caso", diz o superintendente do HU, José Carlos Amador, que não acredita em redução de filas por conta dessa alteração. "Não vamos confundir uma coisa com a outra.
O número de serviços, de leitos e de recursos continuam iguais."
Amador explica que a classificação dos pacientes por cores surgiu nos Estados Unidos e hoje é bem aceita em vários países. Em alguns lugares há ainda um nível intermediário de urgência entre o amarelo e o vermelho (definido pela cor laranja), mas a triagem segue uma regra básica: tem de ser feita por um médico.
A avaliação, diz Amador, será contínua. "O paciente será avaliado constantemente e não apenas quando der entrada no hospital." Assim, segundo o superintendente, quem for classificado como "amarelo" pode vir a ser "vermelho" se houver piora no quadro clínico. Os detalhes dessa avaliação serão informados às 8h30 por Amador, pelo chefe da Divisão de Atendimento do Pronto-Socorro, Marinaldo José dos Santos, e pela enfermeira encarregada do PS, Hellen Rickli.
Recursos
A falta de recursos para ampliação do número de leitos, diz Amador, segue como uma das causas da superlotação do HU. A direção do hospital cobra do governo federal a liberação de uma verba de R$ 36,1 milhões aprovada em emenda na Câmara do Deputados. A quantia serviria para concluir o HU e ampliar para 300 seu número de leitos. A reunião marcada para este mês com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento), em Brasília, foi desmarcada de última hora.
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