sábado, 26 de outubro de 2013

Para evitar furtos, UEM passa o cadeado até no papel higiênico

Para evitar furtos, UEM passa o cadeado até no papel higiênico

Passar o cadeado no suporte do papel higiênico para diminuir a quantidade de furtos nos banheiros da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Esta foi a solução encontrada há cerca de cinco anos pelo Departamento de Serviços e Manutenção da instituição, que diz não dar conta de repor tudo o que é levado. Além dos rolos de papel higiênico, álcool em gel e até sabonete líquido estão na lista dos materiais que mais “desaparecem”. Mesmo com a proteção no suporte de papel higiênico, o departamento não descarta a possibilidade de que pessoas retirem o papel do rolo para levar embora. No caso do álcool em gel e do sabonete líquido, que não têm estrutura antifurto, o desaparecimento é mais evidente. Por isso, é comum, também, não encontrar esses produtos quando mais se precisa deles. “Como é impossível mantê-los [os objetos e produtos nos banheiros], fica difícil, também, reabastecê-los”, lamenta o diretor do Departamento de Serviços e Manutenção da UEM, Robson Rogers Moreira. “A universidade tem 108 zeladores, mas eles precisam trabalhar, não podem fiscalizar o tempo todo. Tem gente que pensa que, pelo fato de a UEM ser pública, pode levar o que quiser.” O furto, por si só, não é o único problema, mas desencadeia outros. A Vigilância Sanitária inspeciona o campus de tempos em tempos e exige que materias básicos sejam oferecidos. Só que, segundo Moreira, por conta da índole de pessoas que passam pelos banheiros, a universidade é sempre “reprovada” na inspeção. Moreira revela que o problema é antigo e que se agravou ao longo do tempo. Os banheiros são sempre os mais afetados, mas não são os únicos. “Levam o que for possível carregar. Se ninguém perceber, até móveis eles carregam. Há tempos, tivemos de gradear as janelas da biblioteca, porque as pessoas jogavam os livros pela janela e saiam para recolhê-los e levá-los para casa”, conta. Como o campus recebe comunidades interna e externa, é impossível saber se a prática é cometida por alunos ou visitantes.GM

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