domingo, 11 de julho de 2010

Dívida da Safira soma R$ 25 mi


A Mineradora de Águas Rainha, detentora da marca Safira, acumula ao menos R$ 25 milhões em dívidas. O valor é resultado de novo balanço parcial, divulgado na sexta-feira.O cálculo está sendo feito por uma empresa de consultoria nomeada pela Justiça Federal para levantar a situação contábil da mineradora.A Rainha, empresa do ex-secretário de Fazenda de Maringá, Luiz Antônio Paolicchi, está sob intervenção da Justiça desde 17 de junho. A tomada de comando foi determinada pelo juiz federal Anderson Furlan, para garantir o ressarcimento de dívidas fiscais de Paolicchi - estimadas em R$ 1,8 milhão.Segundo a Justiça, há fortes suspeitas de que a mineradora foi construída por Paolicchi com dinheiro desviado da Prefeitura de Maringá, entre o fim dos anos 90 e o início desta década. O rombo nos cofres públicos chegou a ser estimado em R$ 100 milhões, tendo o ex-secretário como um dos principais acusados. Desse total, a Justiça estima que cerca de R$ 20 milhões retornaram aos cofres públicos.Entre os credores da mineradora estão os governos estadual e federal, fornecedores, e ex-funcionários.Os auditores admitem não ter previsão de até quanto a dívida pode subir, porque ainda não foi levantada a situação da empresa junto ao fisco de outros Estados.O maior credor, até o momento, é o Estado. Relatório da Delegacia Regional da Receita Estadual de Maringá, enviado aos auditores este mês, aponta que apenas as dívidas renegociadas pelo não recolhimento de ICMS somam R$ 10 milhões.Entre as dívidas que chamaram a atenção dos auditores estão R$ 12 mil em combustíveis, a receber por dois postos de Maringá. Em um estabelecimento, a dívida é de R$ 7mil. Em outro, de R$ 5 mil. O combustível teria sido usado no abastecimento de caminhões e carros de entrega de galões de água, e se arrastam por meses."Não sei como os postos deixaram a empresa continuar abastecendo, se devia tanto", diz uma administradora, contratada para tentar sanear as contas.Outro problema apontado pela auditoria é a falta de notas fiscais. Entre maio e junho, por exemplo, não há um vestígio de nota emitida pela empresa. Segundo uma auditora, em um computador havia o programa para emissão de notas fiscais, mas deu trabalho para emitir uma via.Estava todo desconfigurado. "Dá entender que eles não usavam", afirma.Ainda segundo a auditoria, sobram casos de irregularidades trabalhistas.
O Diario

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