quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Comando regional surge com efetivo defasado

O projeto de reestruturação da Polícia Militar, há 34 anos no papel e desengavetado pelo governador Orlando Pessuti (PMDB), chegou ontem à região de Maringá. Comemorado por líderes locais, a medida entra em vigor sob a sombra de um antigo problema: a falta de contingente.

Pessuti esteve em Maringá ontem à tarde para assinar a criação do 3º
Comando Regional de PM, com sede em Maringá, e da 4ª Companhia do 4º Batalhão de PM, de Sarandi. Os comandos regionais estavam previstos por lei desde 1976 e foi ignorada por sucessivos governos, a exemplo do que aconteceu com o efetivo policial. Hoje, o Estado tem 20.161 policiais civis e militares, volume abaixo do previsto pela Constituição Estadual - que estabelece um contingente mínimo de 21.880 policiais.O 4º Batalhão de Maringá -agora, também comando regional - tem 525 policiais, para 22 cidades. O número mínimo seria de 600, efetivo que já chegou a existir nos anos 90. A situação em Sarandi é crítica. Segundo estimativa do prefeito Carlos de Paula (PDT), são 27 PMs, que se revezam em turnos, para atender os cerca de 100 mil habitantes.


Com a elevação de Pelotão para Companhia, o efetivo deve aumentar para cerca de cem policiais - ainda não há previsão sobre quando isso deverá acontecer.


O que muda

A partir da assinatura, Maringá passa a abrigar um Comando Regional, que ficará independente de Curitiba para tratar de assuntos de gestão financeira e assuntos operacionais.

"A gente demorava 60 dias para ter uma resposta de Curitiba sobre a liberação do apoio de policiais de outras cidades para a segurança na Expoingá. Agora, esse tipo de decisão será aqui", diz o tenente Alexandro Marcolino Gomes, porta-voz do 4º Batalhão de PM.

O comando também ficará responsável pela gestão de um orçamento, que será estabelecido pelo governo do Estado. Até então, uma solicitação de compra de mais mantimentos para o Batalhão poderia demorar meses para ter uma reposta. "Agora, o comandante vai estar aqui. Dirá logo se sim ou não", diz Gomes.

O Diario

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